Maus-tratos: PM apreende galos que seriam usados em rinhas na Paraíba
A perita veterinária e a delegada adjunta da DCCPAT confirmaram que os animais apresentavam sinais claros de mutilação e debilidade
Em uma abordagem decorrente de uma denúncia de receptação no bairro Alto do Mateus, na Paraíba, a Polícia Militar se deparou com uma situação inusitada e preocupante. Durante a operação, foi interceptada um veículo, onde foram encontrados diversos galos de briga, em condições evidentes de maus-tratos.
Os policiais relataram que, ao abrirem o veículo, encontraram galos sem os esporões naturais, indicando que haviam sido removidos e substituídos por esporões de acrílico, utilizados em rinhas de galo. Estes artefatos são fixados para aumentar o dano nas brigas entre os animais, caracterizando a prática ilegal e cruel.
Durante a inspeção, ficou evidente que os galos estavam sendo preparados para combates. A perita veterinária e a delegada adjunta da DCCPAT confirmaram que os animais apresentavam sinais claros de mutilação e debilidade, com muitos mostrando respiração acelerada e lesões graves causadas pelo acondicionamento inadequado, em sacos plásticos e de tecido, que impediam a locomoção normal dos animais.
Ao todo, 16 animais foram periciados. Todos estavam vivos, porém alguns em estado crítico de saúde, sem acesso a hidratação ou alimentação adequadas dentro do veículo. Essa situação agrava a configuração de maus-tratos, proibidos por lei em todo o território nacional.
Além dos esporões de acrílico, os policiais encontraram outros artefatos e marcas que corroboravam a suspeita de que os galos eram usados para brigas. O motorista do veículo foi preso em flagrante, e após audiência de custódia, ele assinou um termo de compromisso para comparecer à justiça. Ele não possuía antecedentes criminais.
As aves resgatadas foram encaminhadas para um local seguro, onde aguardam a determinação judicial sobre sua destinação final. As autoridades reforçaram que a prática de briga de galos é ilegal no Brasil e configura crime de maus-tratos.
A Polícia Militar e a perícia continuam as investigações para identificar e responsabilizar todos os envolvidos nessa prática criminosa. As denúncias da população são fundamentais para combater essas atividades ilícitas e proteger os animais.