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Três positivados para malária no Litoral de São Paulo; relembre casos na Paraíba

Há cerca de dez meses, um caso foi notificado e confirmado no Litoral Sul da Paraíba

Por Carlos Rocha Publicado em
Conde jacuma malaria campanha
Três positivados para malária no Litoral de São Paulo; relembre casos na Paraíba

Um novo caso de malária foi registrado no navio Common Galaxy, fundeado em Santos. Este é o segundo tripulante da embarcação, que passou pela Costa do Marfim, a testar positivo para a doença.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o paciente não apresenta sintomas e está sendo tratado a bordo do navio. O primeiro caso de malária no Common Galaxy foi registrado no dia 7 de julho. Antes, a Anvisa já havia confirmado outro caso em 4 de julho, no Genco Picardy, que saiu do continente africano em 20 de junho.

Após apresentar sintomas de febre e dores musculares, os dois tripulantes foram levados para o Hospital Beneficência Portuguesa de Santos.

“Na semana passada foram concluídas a desinsetização e a testagem de todos tripulantes do Genco Picardy e do Common Galaxy. A primeira embarcação não registrou novos casos, enquanto a Common Galaxy registrou um novo caso de malária, cujo paciente está sendo tratado a bordo e sem sintomas”, informou hoje (17), a Anvisa em nota.

As duas embarcações possuem bandeira das Ilhas Marshall e transportam carga de açúcar a granel. De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), a previsão é que o Genco Picardy atraque nesta quarta-feira. Não há informação disponível na página da APS sobre a data de atracação do Common Galaxy.

Casos na Paraíba

O último registro da doença em território paraibano ocorreu em 5 de setembro de 2023, há cerca de dez meses. A Vigilância Epidemiológica do município de Conde, cidade do Litoral Sul da Paraíba, recebeu a notificação de um caso suspeito de um homem com 50 anos de idade, de origem venezuelana, que chegou ao município vindo do estado de Roraima há aproximadamente 25 dias antes da notificação.

O primeiro atendimento médico ocorreu em uma Unidade Básica de Saúde, onde a equipe identificou o paciente como um caso suspeito de malária. Como medida preventiva, o homem foi encaminhado ao Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), em João Pessoa, para avaliações e exames médicos detalhados. Os resultados desses exames confirmaram o diagnóstico da doença.

Medidas tomadas

A Prefeitura de Conde emitiu um comunicado para tranquilizar a população, enfatizando que o município não é considerado uma área endêmica para malária, apesar de um número atípico de casos registrados em 2019.

A gestão municipal informou ainda, através de nota, que todas as providências necessárias estão sendo tomadas pelas equipes da Secretaria de Saúde, seguindo rigorosamente os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde, incluindo as recomendações da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde.

Um processo de investigação foi aberto a fim de identificar e monitorar pessoas que estão ou estiveram na mesma região que o homem infectado, já que a transmissão se dá através da picada de um mosquito infectado, de forma semelhante à dengue.

A diferença entre a malária e a arbovirose é que ela é transmitida por mosquitos do gênero Anopheles, conhecido como "mosquito prego". Ao picar uma pessoa infectada, o vetor pode levar o protozoário causador da doença quando picar uma pessoa não infectada.

Os sintomas mais comuns da malária incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Inicialmente, os pacientes podem sentir náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Casos no Conde em 2019

No período de janeiro de 2015 a dezembro de 2019 foram notificados 488 casos de malária no Nordeste brasileiro, incluindo 47 casos na Paraíba.

Só no ano de 2019, o município do Conde se destacou, não só pelos 21 casos registrados, mas porque, em vinte deles, as pessoas não tinham histórico de viagem a regiões endêmicas, apontando para transmissão comunitária. Apenas um caso, na ocasião, foi importado do estado de Rondônia.

Com as ocorrências de malária no território paraibano, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) realizou uma série de ações para conter a disseminação da doença, reforçando o combate ao vetor, realizando testes e monitoramento, além de capacitação de profissionais de saúde.

A malária é uma doença infecciosa febril aguda e não contagiosa. Uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente a outra pessoa. A doença é causada por protozoários transmitidos pela fêmea do mosquito Anopheles, mais conhecido como mosquito prego.



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