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Vítima de feminicídio na PB chegou a relatar violência que sofria em áudio; ouça

A prisão de Gilson Cruz, principal suspeito, foi realizada em Pernambuco após um intenso trabalho de investigação

Por Carlos Rocha Publicado em
Preso feminicidio monteiro
Vítima de feminicídio na PB chegou a relatar violência que sofria em áudio; ouça

No início da noite deste domingo (14), a cidade de Monteiro, na Paraíba, foi cenário de mais um feminicídio. Maria Vitória dos Santos, uma adolescente de apenas 15 anos, foi morta a tiros pelo namorado, Gilson Cruz, de 56 anos. Um novo desdobramento do caso revela um histórico de violência e ameaças que a vítima teria sofrido. Um áudio enviado para uma amiga.

Em uma mensagem de áudio divulgada após sua morte, Maria Vitória relatou a uma amiga as agressões que enfrentou ao longo do relacionamento com Gilson. “Ele já tentou fazer muita coisa comigo, sabe? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou minha cabeça, aí eu tive que dar ponto ir na UPA. Um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, não é coragem de fazer mal a ele. É pelos meus pais, entende?", disse a adolescente na gravação.

De acordo com testemunhas, o assassinato ocorreu depois que Maria Vitória e Gilson começaram a discutir enquanto bebiam na casa dele. Durante a briga, Gilson disparou contra a adolescente, conforme explicou o delegado Sávio Siqueira: “Ele atirou mais de uma vez e fez com que a jovem não tivesse chance de sobreviver.”

A prisão de Gilson Cruz foi realizada em Pernambuco após um intenso trabalho de investigação. Utilizando imagens de câmeras de trânsito, a Polícia Civil localizou o suspeito em Caruaru e, com a ajuda da Polícia Militar pernambucana, efetuou sua prisão no município de Brejo da Madre de Deus por volta das 17h.

O delegado Sávio Siqueira revelou que, apesar dos relatos de violência constante, não havia registros oficiais de queixas contra Gilson na Delegacia de Polícia Civil de Monteiro. O suspeito, que já tem um histórico de condenação por violência doméstica contra a própria filha, havia conhecido Maria Vitória quando ela começou a trabalhar na padaria dele há quase dois anos.



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