Menino de 5 anos morre afogado na PB; estado teve outros três casos em dois meses
Na noite desta quinta-feira (11 de julho), um menino de 5 anos morreu afogado em uma cisterna no assentamento Zapata, localizado às margens da BR-230, próximo ao município de Sousa, no Sertão da Paraíba. A vítima, identificada como João Henrique Queiroga, estava brincando quando se afastou dos adultos que o supervisionavam e caiu na cisterna.
Os adultos presentes passaram cerca de 30 minutos procurando a criança até localizarem-na. Imediatamente, tentaram realizar procedimentos de reanimação e acionaram o Corpo de Bombeiros. No entanto, João Henrique não apresentava sinais de vida. Ele foi levado ao Hospital Regional de Sousa, onde foi entubado e submetido a todos os procedimentos de reanimação possíveis, mas infelizmente, não resistiu.
Contexto de Afogamentos na Paraíba
A tragédia de João Henrique ocorre em um contexto preocupante, já que, em cerca de dois meses, outras três crianças paraibanas perderam a vida em casos semelhantes de afogamento. No dia 7 de julho, no município de Cacimba de Dentro, na região do Curimataú paraibano, Maria Alice Franco Martins, uma menina de apenas quatro anos, foi vítima de um afogamento em uma piscina.
A morte da menina foi confirmada em nota oficial pela secretaria de educação, que informou que o velório de Maria Alice aconteceu no local onde o pai da menina reside, no sítio Lagoa de Pedra. O cortejo para o sepultamento seguiu na tarde deste domingo até o Cemitério São Francisco de Assis, onde a menina foi enterrada.
No dia 19 de maio, em Teixeira, município no sertão da Paraíba, Valentina Félix, de um ano e sete meses, caiu em uma cisterna na casa onde morava. Apesar dos esforços da família e da equipe do SAMU, a criança foi encontrada desacordada e a equipe de socorro confirmou o óbito.
Menos de 10 dias depois, também em Teixeira, Maria Eloá Mendonça, de um ano e oito meses, morreu afogada após cair em um tanque no quintal de casa. A menina foi encontrada sem vida por um primo e, apesar das tentativas de reanimação, chegou sem sinais vitais à unidade de Saúde da Família mais próxima.
Recomendações das Autoridades e Dados de Afogamento
Esses eventos ressaltam a necessidade de atenção redobrada com a segurança das crianças perto de reservatórios de água. Autoridades, especialmente o Corpo de Bombeiros, recomendam que os pais e responsáveis fiquem vigilantes para evitar acidentes semelhantes.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático, o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia, totalizando aproximadamente 5.475 óbitos anuais. A faixa etária mais vulnerável a esses acidentes é a de pessoas com até 29 anos, que representam 45% dos casos de afogamento. Além disso, o levantamento indica que 55% das mortes na faixa etária entre 1 e 9 anos ocorrem em residências. O período do verão de dezembro a março concentra 45% dos casos de mortes de crianças por afogamento.
A série de afogamentos recentes na Paraíba destaca a importância da prevenção e da vigilância constante em ambientes com água, especialmente em residências e áreas rurais. A conscientização e a adoção de medidas de segurança podem ajudar a evitar novas tragédias.