Agevisa ordena apreensão de produtos à base de fenol no estado da Paraíba
A iniciativa segue o teor da Resolução-RE nº 2.384/2024, da Anvisa, que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol
A Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa/PB) publicou uma Nota Técnica determinando a apreensão, pelos órgãos de inspeção sanitária, de todo e qualquer produto à base de fenol que esteja sendo comercializado e/ou utilizado no território paraibano em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
A iniciativa segue o teor da Resolução-RE nº 2.384/2024, da Anvisa, que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos, com exceção dos produtos devidamente regularizados junto à Anvisa e produtos de uso em laboratórios analíticos ou de análises clínicas.
A resolução foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (25) e está disponível aqui. Conforme o documento, a proibição se deve à falta de estudos comprovando a eficácia e segurança do fenol para uso em procedimentos de saúde ou estéticos até a data de 24 de junho de 2024.
Geraldo Moreira de Menezes, diretor-geral da Agevisa/PB, afirmou que a proibição dos produtos à base de fenol permanecerá vigente enquanto são realizadas investigações sobre os potenciais danos associados ao uso da substância química. A medida, de caráter cautelar, visa proteger a saúde e integridade física da população brasileira.
Morte de Empresário
A preocupação com os perigos do fenol para a saúde humana aumentou após a morte do empresário Henrique da Silva Chagas, de 27 anos, em 3 de junho de 2024. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória após realizar um peeling de fenol em uma clínica de estética na zona leste de São Paulo/SP.
Sobre o Fenol
O fenol é uma substância química cáustica utilizada em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes. Especialistas indicam que o procedimento deve ser feito em centro cirúrgico ou ambulatório monitorado, devido ao uso de anestesia e ao risco de arritmias causadas pela presença do fenol na corrente sanguínea antes de sua metabolização. A aplicação é feita em etapas para evitar altas concentrações e sobrecarga do coração.
Apesar de ser eficaz em promover rejuvenescimento, o fenol é cardiotóxico e provoca uma reação química intensa na pele, com riscos que vão desde manchas permanentes até complicações cardíacas. Em altas concentrações, pode causar hemólise no sangue e paralisia dos mecanismos neuromusculares, podendo levar à morte.
Para mais detalhes, confira a íntegra da Nota Técnica da Agevisa/PB