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Justiça pede suspensão imediata das obras do Parque da Cidade em JP

A decisão atende a uma ação movida para proteger as espécies da região

Por Gabi Lins Publicado em
Projeto do Parque da Cidade no Aeroclube, em João Pessoa.
Decisão cabe recurso, mas obra deve permanecer paralisada até que uma solução adequada seja encontrada sem prejudicar a laguna (Imagem: PMJP/Divulgação)

A Justiça da Paraíba determinou nesta quinta-feira (20), a suspensão das obras do Parque da Cidade, localizado na área do antigo Aeroclube de João Pessoa. A decisão, proferida pela juíza Érica Virgínia da Silva Pontes, da 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, atende a uma ação movida na Justiça.

A organização denunciou episódios de incêndio e extração ilegal de madeira, que colocam em risco a fauna local, caracterizando o que chamam de "manifesta prática de crime ambiental".

Denúncia e Ação Judicial

Na área começaram a operar retroescavadeiras em 19 de junho, resultando na destruição de ninhos e morte de várias corujas, segundo a denúncia. A ação solicita a suspensão das obras até que se encontre uma solução que proteja os animais e o meio ambiente.

Ao Portal T5, a Prefeitura de João Pessoa informou que ainda não teria como emitir nota sobre o assunto porque não foi notificada da decisão.

Importância da Laguna

A laguna, com uma área de 35.800 metros quadrados e perímetro de 967 metros, está bem conservada e serve como habitat de aves, prevenindo alagamentos e sendo uma fonte de alimento para a fauna local.

A laguna também possui alta biodiversidade e potencial para se tornar um espaço de lazer contemplativo no futuro parque.

No dia 15 de junho, um ato em defesa da preservação da laguna do bairro Aeroclube foi realizado. O evento teve como objetivo pedir a incorporação da laguna ao parque da cidade.

Princípio Jurídico Aplicado

A juíza Érica Virgínia invocou o princípio "in dubio pro natura", que orienta que, em caso de dúvida, a decisão deve favorecer a proteção ambiental. Ela destacou que atividades que apresentam risco de dano ao meio ambiente não devem ser desenvolvidas, pois a reparação dos danos ambientais é, muitas vezes, impossível.

Conclusão e Consequências

De acordo com a decisão judicial, a obra deve permanecer paralisada até que uma solução adequada seja encontrada para continuar o projeto sem prejudicar a laguna. A decisão está sujeita a recurso, e a Prefeitura de João Pessoa terá que adotar, segundo a decisão, medidas cabíveis para garantir a proteção ambiental antes de retomar as atividades.



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