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Paraíba emite nota técnica sobre Febre do Oropouche após morte na Bahia

Não há vacina ou tratamento específico disponíveis

Por Carlos Rocha Publicado em
Sede da Secretaria de Saúde da Paraíba
Paraíba emite nota técnica sobre Febre do Oropouche após morte na Bahia (Foto: DIvulgação)

O Governo da Paraíba, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), emitiu nesta quarta-feira (19) uma nota técnica sobre a Febre do Oropouche. A divulgação ocorreu após o estado da Bahia registrar a primeira morte pela doença.

Aspectos Epidemiológicos

A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae. O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Existem dois ciclos de transmissão: silvestre e urbano.

No ciclo silvestre, bichos-preguiça e primatas não-humanos são os principais hospedeiros, com o mosquito Culicoides paraensis (conhecido como maruim ou mosquito-pólvora) sendo o vetor primário. No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal e o mesmo mosquito atua como vetor.

Até o momento, não há evidências de transmissão direta de pessoa para pessoa. Após a infecção, o vírus permanece no sangue dos infectados por 2-5 dias após o início dos primeiros sintomas. Não há vacina ou tratamento específico disponíveis.

Aspectos Clínicos

Os sintomas iniciais incluem febre, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas podem incluir tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos. Casos mais graves podem envolver o sistema nervoso central e apresentar manifestações hemorrágicas. A doença geralmente evolui de forma benigna, sem deixar sequelas, mesmo nos casos mais graves.

A SES-PB orientou os municípios com casos detectados a notificar imediatamente, realizar busca ativa de sintomáticos e adotar medidas de controle.

Medidas de Prevenção e Controle

A prevenção inclui minimizar a exposição às picadas dos vetores:

  • Utilizar roupas protetoras, repelentes, mosquiteiros e telas em portas e janelas;
  • Evitar áreas de transmissão ativa, especialmente ao amanhecer e ao anoitecer;
  • Eliminar criadouros e controlar fatores ambientais que favorecem a reprodução dos vetores.


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