Homem é condenado a 28 anos de prisão pelo assassinato de adolescente trans na PB
Renata Ferraz, de apenas 16 anos, foi encontrada morta com várias perfurações de faca em uma estrada que liga Patos ao município de São José de Espinharas, em abril de 2022
O Tribunal do Júri de Patos, no Sertão da Paraíba, foi o cenário do julgamento e condenação de Geovane de Lima Galdino Silva, acusado pelo assassinato da adolescente transexual Renata Ferraz, ocorrido em 2022. O réu foi considerado culpado por homicídio qualificado e recebeu uma sentença de 28 anos de prisão.
O júri aplicou quatro qualificadoras na sentença, resultando em uma pena significativa. O crime foi considerado por motivo torpe, quando é motivado por razões vis e desprezíveis. Meios cruéis, que significa que a vítima foi submetida a sofrimento intenso antes da morte. Impossibilidade de Defesa da Vítima, já que Renata Ferraz foi atacada de forma que não pôde se defender. Feminicídio, já que a condição de transexualidade da vítima foi reconhecida judicialmente, correspondendo a um caso de morte de mulher trans, resultando em um acréscimo de 1/6 da pena.
Geovane de Lima está atualmente cumprindo sua pena em uma penitenciária no Rio Grande do Sul. Sua advogada de defesa, Ellida Karituanna, comunicou que, em conjunto com a família do condenado, analisará a possibilidade de recorrer da decisão.
O assassinato de Renata Ferraz ganhou grande repercussão nacional, especialmente após ser abordado no programa "Linha Direta" da TV Globo em 2023. Segundo o delegado Paulo Ênio, que liderou a investigação, a divulgação do caso no programa foi crucial para a localização do suspeito, que estava foragido em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
Renata Ferraz, de apenas 16 anos, foi encontrada morta com várias perfurações de faca em uma estrada que liga Patos ao município de São José de Espinharas, em abril de 2022.