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Audiência deve definir destino de criança abandonada em hospital de João Pessoa

A menina, que deu entrada no hospital há pouco mais de 100 dias, enfrentava um quadro grave de meningite por tuberculose, além de tuberculose pulmonar

Por Carlos Rocha Publicado em
Conforme a secretaria de Saúde, o atendimento segue o fluxo normal
Audiência deve definir destino de criança abandonada em hospital de João Pessoa (Foto: Reprodução)

Uma audiência está agendada para esta terça-feira (4), destinada a determinar o próximo passo para a menina de cinco anos que foi abandonada no Hospital Arlinda Marques, em João Pessoa. Esta audiência, que será presidida pelo Conselho Tutelar de Caaporã e pelo Ministério Público da Paraíba, por meio da promotoria do município de Caaporã, buscará definir o destino da criança após sua alta médica.

A menina, que deu entrada no hospital há pouco mais de 100 dias, enfrentava um quadro grave de meningite por tuberculose, além de tuberculose pulmonar. Desde o início, a equipe médica identificou a situação de vulnerabilidade e suspeitas de maus tratos. Durante o tratamento, a menina passou um mês na UTI, onde as visitas de sua mãe eram escassas. Após ser transferida para a enfermaria, as ausências maternas se intensificaram, sem que parentes próximos fossem localizados.

O Hospital Arlinda Marques destacou que, desde a internação, acionou o Ambulatório de Atendimento às Vítimas de Violência e Acidentes (Amviva) e o Conselho Tutelar. Embora o estado de saúde tenha passado de grave para estável, com algumas sequelas neurológicas decorrentes da admissão, o diretor do hospital, Ariano Brilhante, afirma que a criança não será liberada até que um local adequado seja encontrado para ela.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB), a menina está em condições de receber alta médica e tratamento domiciliar. No entanto, a direção do Complexo Pediátrico reforça que ampliou os cuidados à criança durante sua internação, fornecendo suporte necessário tanto para acompanhantes quanto para itens de uso pessoal.

O caso tem sido objeto de diálogo entre a unidade hospitalar, o Conselho Tutelar de Caaporã e a Promotoria da Infância. Na última quinta-feira (30), os conselheiros tutelares que acompanham o caso visitaram a unidade para avaliar a evolução do quadro da criança.

Em nota oficial, o Conselho Tutelar de Caaporã confirmou a visita ao Arlinda Marques e reafirmou seu compromisso em acompanhar de perto o caso, oferecendo todo o suporte necessário à criança abandonada.



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