Segundo bebê morre por afogamento no intervalo de dez dias na Paraíba
Caso aconteceu no município de Teixeira
Uma nova ocorrência de afogamento foi registrada em Teixeira, no Sertão da Paraíba, nesta terça-feira (28). Uma criança de apenas 1 ano e 8 meses morreu afogada após cair em um tanque no quintal de uma casa na zona rural. Esse é o segundo afogamento de criança menor de dois anos registrado na cidade no intervalo de dez dias.
Segundo relatos de familiares, a menina, identificada como Maria Eloá Mendonça, foi encontrada sem vida dentro do reservatório de água por um primo. Apesar dos esforços para salvá-la, Maria Eloá chegou sem vida à Unidade de Saúde da Família da cidade.
No último dia 19, Valentina Félix, de 1 ano e 7 meses, também perdeu a vida após cair dentro da cisterna da casa onde morava. Ao perceberem a ausência da criança, os familiares iniciaram uma busca desesperada. Valentina foi encontrada já desacordada dentro da cisterna. Apesar dos esforços, incluindo a imediata chamada ao SAMU, a equipe de socorro, após realizar os procedimentos de reanimação, constatou o óbito da criança.
Cenário Nacional de Afogamentos
Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático revelam que o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia, totalizando aproximadamente 5.475 óbitos anuais. Homens são mais afetados, com uma média de 6,4 vezes mais mortes do que mulheres. A faixa etária mais vulnerável é antes dos 29 anos, representando 45% das mortes por afogamento.
O levantamento também aponta que, diariamente, uma criança morre afogada em casa, sendo que 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em residências. O verão, de dezembro a março, concentra 45% dos casos, ressaltando a importância da atenção redobrada nesse período.
A mortalidade por afogamento teve uma redução de 47% em 26 anos (1995-2021), indicando avanços na luta contra essa endemia. Entretanto, os dados ressaltam a necessidade contínua de conscientização, principalmente em áreas sem a presença de guardavidas.
É importante ressaltar que a prática de atividades aquáticas deve ser realizada com responsabilidade e respeito aos limites individuais, visando a segurança de todos. A atuação eficaz de guardavidas e a conscientização sobre os riscos são essenciais para a prevenção de tragédias.
- Taxa de Mortalidade por Afogamento:A cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado.
- Disparidade entre Gêneros:Homens morrem em média 6,4 vezes mais por afogamento do que mulheres.
- Idade e Riscos:45% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos.Quatro crianças morrem afogadas diariamente.Adolescentes enfrentam o maior risco de morte.
- Local das Ocorrências:70% dos óbitos acontecem em rios e represas.Diariamente, uma criança morre afogada em casa.Crianças menores de 9 anos se afogam mais em piscinas e residências.Crianças acima de 10 anos e adultos se afogam mais em águas naturais (rios, represas e praias).55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em residências.
- Circunstâncias Específicas:Crianças de 4 a 12 anos que sabem nadar se afogam mais pela sucção da bomba em piscinas.45% das mortes ocorrem no verão (de dezembro a março).
- Mortalidade entre Turistas:A cada 3 dias, um turista morre por afogamento no Brasil.
- Comparação de Riscos:Considerando o tempo de exposição, o afogamento tem 200 vezes mais risco de óbito que os incidentes de transporte.