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Plataforma bane motorista após denúncia de Intolerância Religiosa: MP da Paraíba investiga

A informação foi confirmada nesta segunda-feira (1º) pela assessoria da empresa ao Portal T5

Por Carlos Rocha Publicado em
Mae de santo denuncia
Plataforma bane motorista após denúncia de Intolerância Religiosa: MP da Paraíba investiga

Após denúncia de intolerância religiosa por parte de uma líder da religião de matriz africana que mora no bairro Valentina Figueiredo, Zona Sul de João Pessoa, a plataforma Uber tomou uma decisão: o motorista investigado foi banido da plataforma. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (1º) pela assessoria da empresa ao Portal T5.

A denúncia foi motivada por um episódio em que uma integrante de um terreiro localizado em João Pessoa solicitou um transporte por meio do aplicativo da Uber e foi surpreendida com mensagens consideradas discriminatórias e racistas por parte do motorista designado. O caso foi registrado em um boletim de ocorrência.

Em resposta ao ocorrido, o Ministério Público da Paraíba instaurou um procedimento para apurar tanto o aspecto criminal quanto o cível dessa prática racista religiosa. A promotora de Justiça Fabiana Maria Lobo da Silva explicou que a investigação busca compreender não apenas o episódio em questão, mas também a postura da empresa frente a esse tipo de situação.

Em suas redes sociais, a líder religiosa denunciante, conhecida como Mãe Lúcia de Oxum, repudiou veementemente o ataque discriminatório e ressaltou a importância de combater a intolerância religiosa na sociedade.

A Uber, por sua vez, emitiu uma nota reiterando seu compromisso com o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o aplicativo. A empresa se colocou à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações.

A denúncia de intolerância religiosa recebeu solidariedade de diversas entidades, incluindo a Juventude de Terreiro da Paraíba, que emitiu uma nota de repúdio contra o ocorrido e exigiu uma resposta imediata e eficaz por parte da empresa responsável pelo motorista envolvido.

Em suas redes sociais, a líder religiosa repudiou veementemente o ataque discriminatório, destacando a necessidade de combater a intolerância presente na sociedade. Ela ressaltou que tais atitudes revelam preconceitos e estereótipos injustamente direcionados a pessoas de diferentes credos.

A denúncia de Mãe Lúcia ocorre em um contexto em que a Lei 14.532/23, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, equipara a injúria racial ao crime de racismo e endurece as penas para quem praticar atos que obstruam ou empreguem violência contra manifestações ou práticas religiosas.



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