Plataforma bane motorista após denúncia de Intolerância Religiosa: MP da Paraíba investiga
A informação foi confirmada nesta segunda-feira (1º) pela assessoria da empresa ao Portal T5
Após denúncia de intolerância religiosa por parte de uma líder da religião de matriz africana que mora no bairro Valentina Figueiredo, Zona Sul de João Pessoa, a plataforma Uber tomou uma decisão: o motorista investigado foi banido da plataforma. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (1º) pela assessoria da empresa ao Portal T5.
A denúncia foi motivada por um episódio em que uma integrante de um terreiro localizado em João Pessoa solicitou um transporte por meio do aplicativo da Uber e foi surpreendida com mensagens consideradas discriminatórias e racistas por parte do motorista designado. O caso foi registrado em um boletim de ocorrência.
Em resposta ao ocorrido, o Ministério Público da Paraíba instaurou um procedimento para apurar tanto o aspecto criminal quanto o cível dessa prática racista religiosa. A promotora de Justiça Fabiana Maria Lobo da Silva explicou que a investigação busca compreender não apenas o episódio em questão, mas também a postura da empresa frente a esse tipo de situação.
Em suas redes sociais, a líder religiosa denunciante, conhecida como Mãe Lúcia de Oxum, repudiou veementemente o ataque discriminatório e ressaltou a importância de combater a intolerância religiosa na sociedade.
A Uber, por sua vez, emitiu uma nota reiterando seu compromisso com o respeito, igualdade e inclusão para todas as pessoas que utilizam o aplicativo. A empresa se colocou à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações.
A denúncia de intolerância religiosa recebeu solidariedade de diversas entidades, incluindo a Juventude de Terreiro da Paraíba, que emitiu uma nota de repúdio contra o ocorrido e exigiu uma resposta imediata e eficaz por parte da empresa responsável pelo motorista envolvido.
Em suas redes sociais, a líder religiosa repudiou veementemente o ataque discriminatório, destacando a necessidade de combater a intolerância presente na sociedade. Ela ressaltou que tais atitudes revelam preconceitos e estereótipos injustamente direcionados a pessoas de diferentes credos.
A denúncia de Mãe Lúcia ocorre em um contexto em que a Lei 14.532/23, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, equipara a injúria racial ao crime de racismo e endurece as penas para quem praticar atos que obstruam ou empreguem violência contra manifestações ou práticas religiosas.