Ex-diretor da Braiscompany é condenado a mais de 36 anos de prisão
A decisão foi proferida pela 4ª Vara Federal de Campina Grande, sob a assinatura do juiz Vinícius Costa Vidor
A Justiça Federal condenou o ex-diretor da Braiscompany, Víctor Hugo Lima Duarte, a 36 anos e 8 meses de prisão. A decisão foi proferida pela 4ª Vara Federal de Campina Grande, sob a assinatura do juiz Vinícius Costa Vidor.
A condenação vem após quase 2 anos de investigação sobre um caso de pirâmide financeira envolvendo a empresa na cidade. Víctor Hugo, que já estava preso preventivamente no presídio do Serrotão, foi capturado pela Polícia Federal na Argentina, em Puerto Iguaçu, no ano passado, na companhia de outros dois réus da investigação.
A prisão do ex-diretor desencadeou uma nova fase da operação, culminando na captura dos dois líderes principais da quadrilha, no mês passado. O casal Antonio Neto Ais e Fabrícia Ais, também na Argentina, aguarda o processo de extradição.
Víctor Hugo foi condenado por diversos crimes, incluindo operação de instituição financeira sem autorização, lavagem de capitais e organização criminosa. Sua prisão preventiva foi mantida devido à sua participação nos delitos cometidos pela Braiscompany contra o sistema financeiro.
A defesa do ex-diretor informou que vai recorrer da decisão junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, além de ingressar com pedido de habeas corpus para que ele responda ao processo em liberdade.
A investigação sobre o caso continua, e a expectativa é de que outros desdobramentos ocorram, incluindo a extradição do casal Antonio Neto e Fabrícia e a devolução do dinheiro às pessoas lesadas pela empresa. A dificuldade reside no fato de que parte dos recursos pode estar em criptomoedas, dificultando sua identificação.