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Desigualdade entre mães e pais sem emprego na Paraíba é a 4ª maior do Brasil

Constatação foi divulgada pelo IBGE, no documento Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil

Por Redação T5 Publicado em
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Mulheres se dedicam mais que os homens a afazeres domésticos (Foto: Pixabay)

A desigualdade entre homens e mulheres que são pais de crianças de até seis anos e não estão inseridos no mercado de trabalho formal na Paraíba foi a maior do Nordeste e a 4ª maior do Brasil em 2022. É o que revelam as Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nessa sexta-feira (8).

De acordo com o levantamento, 84,9% dos homens com idade entre 25 e 54 anos e são pais de crianças pequenas possuíam emprego formal. Entre as mulheres, a taxa de ocupação era de 45,3%. A diferença de 39,56% é menor apenas que os percentuais registrados pelos estados de Rondônia (42,2%), Amapá (40%) e Pará (39,8%).

Comparação de dados
Percentuais de homens e mulheres sem emprego formal (idade entre 25 e 54 anos e pais de crianças de até seis anos)

Paraíba

  • Homens ocupados: 84,9%
  • Mulheres ocupadas: 45,3%
  • Diferença: 39,56%

Nordeste

  • Homens ocupados: 82%
  • Mulheres ocupadas: 45,9%
  • Diferença: 36,1%

Brasil

  • Homens ocupados: 89%
  • Mulheres ocupadas: 56,6%
  • Diferença: 32,4%

Diferença também atinge pessoas sem filhos

A desigualdade persiste, embora em menor escala, mesmo na ausência de crianças no domicílio. Na Paraíba, o indicador para mulheres em arranjos domiciliares sem crianças sobe para 50,1%, enquanto para os homens ele cai para 73,3%. Esses indicadores seguem as mesmas tendências em âmbito nacional (66,2% e 82,8%) e regional (54,5% e 74,4%).

Cuidados de pessoas e afazeres domésticos

De acordo com o IBGE, a inserção das mulheres no mercado de trabalho pode ter relação com o maior envolvimento delas com os cuidados de pessoas e/ou afazeres domésticos. Conforme o estudo, a parcela feminina da população dedicava a essas atividades quase o dobro de tempo que o grupo masculino (23,9 horas contra 12,4 horas).

A discrepância estadual (11,5 horas) foi maior do que a nacional (9,6 horas), embora um pouco abaixo da regional (11,7 horas). O Nordeste é a região com a maior desigualdade entre mulheres e homens. Na média brasileira, o número de horas dedicadas a essas tarefas era de 21,3 horas para as mulheres e de 11,7 horas para os homens. No contexto nordestino, as médias eram de 23,5 horas e 11,8 horas, respectivamente.

O recorte por cor ou raça do estudo mostrou que, na Paraíba, em 2022, não havia diferença significativa dentro do próprio grupo feminino, visto que a média de horas em que pretas e pardas (24 horas) estavam envolvidas com o trabalho doméstico não remunerado era apenas ligeiramente maior do que a das brancas (23,6 horas). Já no cenário nacional, foi observada uma diferença um pouco maior (1,6 horas a mais), com as pretas e pardas dedicando 22h e as brancas 20,4 horas.



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