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Março Azul: casos de câncer de intestino subiram 64% em dez anos

Em 2022, a Paraíba registrou 271 óbitos da doença

Por Carlos Rocha Publicado em
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Março Azul: casos de câncer de intestino subiram 64% em dez anos

A campanha Março Azul tem como objetivo chamar a atenção para a conscientização e prevenção ao câncer de intestino. Conhecimento sobre possíveis sintomas e informações corretas são cruciais para alertar e incentivar a prevenção da doença. A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB), em parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia - secção PB, destaca a importância dessa conscientização e prevenção.

Entre 2012 e 2021, foram registradas 657.183 hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a doença, representando um crescimento de 64% nesse período. Além disso, os dados de mortalidade mostram um aumento de 40% nos óbitos relacionados a esse tipo de câncer em 2021, com 19.924 registros.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia - secção PB, o médico gastroenterologista e endoscopista Daniel Chaves Mendes, o câncer de intestino é altamente prevenível e corresponde ao principal tipo de câncer que mais leva a óbito no Brasil. Por meio de exames como a colonoscopia, é possível identificar as lesões em uma fase muito precoce.

"Lembro à população que é muito importante procurar o seu médico gastroenterologista ou proctologista para a realização de exames preventivos ao câncer colorretal (câncer de intestino)", destacou.

Estimativas apontam que este ano há uma estimativa de 130 novos casos de câncer de intestino em João Pessoa, sendo 60 em homens e 70 em mulheres. Em 2022, a Paraíba registrou 271 óbitos da doença.

O câncer de intestino é uma das doenças mais letais do Brasil, principalmente por ser silenciosa e atingir homens e mulheres, mesmo sem histórico familiar. Fatores de risco como cigarro, álcool, alimentação gordurosa e sedentarismo podem contribuir para o acometimento da doença. É importante ficar atento a sintomas como sangue nas fezes, alteração do ritmo intestinal, dor abdominal, perda de peso, cansaço ou fraqueza. Pessoas com mais de 45 anos devem procurar um especialista e fazer exames preventivos, pois há tratamento para a doença, bem como cura. O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura em mais de 90% e é fundamental para salvar vidas.



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