Antônio Ais planejava 'chuva de dinheiro' no São João de Campina Grande, diz ex-funcionária
Responsáveis pela Braiscompany, apontados como mentores de golpe milionário, estão presos na Argentina.
Uma entrevista exclusiva ao repórter Daniel Lustosa, da TV Tambaú/SBT, uma ex-funcionária da Braiscompany detalhou como era rotina dentro da empresa especializada no ramo de gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. A Braiscompany e seus donos - Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais - é alvo da Polícia Federal, através da operação Halving, por golpe milionário aos clientes e parceiros.
Segundo a fonte, que não será identificada, os funcionários perceberam que a "empresa não ia bem" a partir do momento em que a Braiscompany começou a atrasar os salários. A desculpa era de haveria a "mudança de empresa".
Outro ponto importante da entrevista diz respeito ao tratamento com os colaboradores. "Eram oferecidas gratificações aos funcionários que costumavam cortejá-los". Além disso, Antônio e Fabrícia gostavam de uma "grande recepção sempre que voltavam de viagens", completou.
Megalomania e chuva de dinheiro jogado no São João
Além de comportamento pautado na ostentação, segundo a fonte, Antônio planejava jogar dinheiro no Parque do Povo, em Campina Grande, durante uma edição do Maior São João do Mundo. "Ele desistiu da ideia após a cúpula avaliar que aquilo não seria uma coisa boa para a imagem dele e nem da companhia", completou.
Ela ainda diz que o casal queria ser sempre o centro das atenções. "Tudo tinha que ser os dois. Eles queriam ser maiores que a empresa. É como se tudo fosse voltado para eles", sinalizou.
Extradição
Os presos passam nesta sexta-feira (1º) por uma audiência na Argentina. A partir daí serão encaminhados os trâmites visando a extradição de Fabrícia e Antônio.