Defesa de Padre Egídio chama 36 testemunhas, incluindo religiosos e políticos
O religioso é acusado de compor um esquema de desvios milionários do Hospital Padre Zé
A defesa do Padre Egídio, acusado em processo criminal, encaminhou ao juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa uma resposta à acusação. O documento arrola 36 testemunhas, entre elas religiosos, padres, pessoas próximas ao padre Egídio, e também políticos. O religioso é acusado de compor um esquema de desvios milionários do Hospital Padre Zé.
O advogado Luciano Santoro, que integra a equipe de defesa, explicou que a intenção é que essas testemunhas contribuam durante a instrução processual, oferecendo informações sobre os fatos em questão. Santoro ressaltou que estão no início do processo e que a defesa apresentou suas provas iniciais, incluindo perícias e depoimentos.
"A testemunha, na verdade, é uma grande contribuição à sociedade. Ela não é da defesa, ela não é da acusação. A testemunha do processo tem o propósito de contribuir para encontrar a verdade e alcançar uma solução justa no caso", destacou o advogado.
Santoro esclareceu que a defesa apresentou sua resposta à acusação, indicando as provas que pretende produzir, incluindo provas orais e periciais. Os próximos passos incluem a análise do magistrado sobre as provas apresentadas e a realização da instrução processual, que envolve depoimentos das testemunhas.
Quanto à questão da prisão do Padre Egídio, o advogado afirmou que a defesa entende que ele não deveria estar encarcerado, argumentando que os requisitos previstos na legislação processual para a prisão preventiva não estão presentes. Santoro enfatizou que a legislação proíbe a antecipação de pena e que, neste caso, não há violência, grave ameaça, nem se trata de um crime de onda.
Sobre a possibilidade de colaboração premiada ou delação por parte do ex-diretor do Hospital Padre Zé, Santoro afirmou que entrou no caso recentemente e desconhece essa informação.
Os processos seguem seu curso natural, e a defesa espera que a verdade seja encontrada durante a instrução processual. O advogado finalizou reiterando que o Padre Egídio deve responder ao processo em liberdade, conforme alegações da defesa.