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Adolescente se afoga ao tentar chegar à Ilha de Areia Vermelha nadando

A ilha de Areia Vermelha, na Grande João Pessoa, é um banco de areia que surge durante o período de maré baixa

Por Carlos Rocha Publicado em
Praia areia vermelha bombeiros
(Foto: Secom-PB)

Um adolescente de 15 anos, natural de Campina Grande, precisou ser resgatado pelos Bombeiros, nesta sexta-feira (26), após uma tentativa de atravessar a nado a praia de Camboinha com o objetivo de chegar à ilha de Areia Vermelha, no município de Cabedelo.

A ilha de Areia Vermelha é um banco de areia que surge durante o período de maré baixa. Ele fica a cerca de um quilômetro da costa e a travessia segura é feita somente em embarcações e por um determinado período do dia.

O jovem que se afogou resolveu fazer a travessia a nado, o que não é recomendado. Pessoas em uma embarcação tipo Catamarã notaram a situação e realizaram o resgate, retirando o adolescente da água.

Os Bombeiros, acionados para o local, constataram que o adolescente apresentava um grau 3 de afogamento, evidenciado pela presença de muita espuma pela boca e nariz, mas ainda com pulso radial. A equipe agiu prontamente, aplicando oxigenoterapia e procedimentos de aquecimento, considerando também a possibilidade de hipotermia.

Uma médica, presente no momento, auxiliou a equipe dos Bombeiros. Após os atendimentos iniciais, o adolescente recuperou a consciência. Ele foi então encaminhado, por meio da ambulância de resgate dos Bombeiros, ao hospital de emergência e trauma de João Pessoa.

Segundo informações da unidade hospitalar, o rapaz passou por procedimentos médicos de emergência e está sob observação da cirurgia geral, apresentando um quadro clínico estável.

Cenário Nacional de Afogamentos em Foco

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático revelam que o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia, totalizando aproximadamente 5.475 óbitos anuais. Homens são mais afetados, com uma média de 6,4 vezes mais mortes do que mulheres. A faixa etária mais vulnerável é antes dos 29 anos, representando 45% das mortes por afogamento.

O levantamento também aponta que, diariamente, uma criança morre afogada em casa, sendo que 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos ocorrem em residências. O verão, de dezembro a março, concentra 45% dos casos, ressaltando a importância da atenção redobrada nesse período.

A mortalidade por afogamento teve uma redução de 47% em 26 anos (1995-2021), indicando avanços na luta contra essa endemia. Entretanto, os dados ressaltam a necessidade contínua de conscientização, principalmente em áreas sem a presença de guardavidas.

É importante ressaltar que a prática de atividades aquáticas deve ser realizada com responsabilidade e respeito aos limites individuais, visando a segurança de todos. A atuação eficaz de guardavidas e a conscientização sobre os riscos são essenciais para a prevenção de tragédias.

  • Taxa de Mortalidade por Afogamento:A cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado.
  • Disparidade entre Gêneros:Homens morrem em média 6,4 vezes mais por afogamento do que mulheres.
  • Idade e Riscos:45% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos.Quatro crianças morrem afogadas diariamente.Adolescentes enfrentam o maior risco de morte.
  • Local das Ocorrências:70% dos óbitos acontecem em rios e represas.Diariamente, uma criança morre afogada em casa.Crianças menores de 9 anos se afogam mais em piscinas e residências.Crianças acima de 10 anos e adultos se afogam mais em águas naturais (rios, represas e praias).55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em residências.
  • Circunstâncias Específicas:Crianças de 4 a 12 anos que sabem nadar se afogam mais pela sucção da bomba em piscinas.45% das mortes ocorrem no verão (de dezembro a março).
  • Mortalidade entre Turistas:A cada 3 dias, um turista morre por afogamento no Brasil.
  • Comparação de Riscos:Considerando o tempo de exposição, o afogamento tem 200 vezes mais risco de óbito que os incidentes de transporte.


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