Ministério Público pede revogação da prisão de jovem acusada de envenenar PM na PB
A defesa da jovem argumenta que tudo não passou de uma armação e questiona a ausência de perícia na garrafa encontrada na casa do policial militar
Uma jovem de 23 anos suspeita de tentar matar o namorado, que é um policial militar, utilizando veneno de rato, conhecido como chumbinho, pode deixar a penitenciária Maria Júlia Maranhão, em Mangabeira. O Ministério Público pediu a revogação da prisão da acusada.
A defesa da jovem argumenta que tudo não passou de uma armação e questiona a ausência de perícia na garrafa encontrada na casa do policial militar, que seria a suposta vítima. Os advogados alegam que não há comprovação de que havia chumbinho na água e que as imagens divulgadas do circuito de segurança não correspondem ao mesmo dia do suposto envenenamento.
O Ministério Público, concordando com os argumentos da defesa, pediu a revogação da prisão preventiva por falta de provas concretas. O caso ganha complexidade diante da alegação da jovem de ter sofrido violência doméstica e agressões físicas por parte do policial militar.
O cabo da Polícia Militar, vítima no caso, divulgou um vídeo nas redes sociais relatando a situação e afirmando que a jovem havia invadido sua casa e deixado veneno em uma garrafa com água. No entanto, as imagens divulgadas pelo policial e a denúncia foram contestadas pela defesa da acusada.
A prisão da jovem, identificada como Israely da Silva Lemos, foi mantida após apresentação das imagens do circuito de segurança do prédio onde o policial mora e a divulgação de um vídeo pelo cabo. Os advogados de defesa recorreram da decisão, ressaltando que a jovem não possui histórico criminal e apresentaram documentos que atestam a inocência dela.
Ricardo Gomes, que teria sido vítima de envenenamento por parte da namorada, conversou com a TV Tambaú. Ele deu entrada no hospital de trauma em 17 de Janeiro, após ingerir um líquido supostamente misturado com veneno de rato.
Gomes explicou que a namorada havia invadido sua casa dias antes, demonstrando um comportamento agressivo e possessivo. Ele ressaltou que já havia encerrado o relacionamento meses antes, devido a esse comportamento, e que a invasão ocorreu mesmo após bloqueá-la em todas as redes sociais.
O policial relatou que, no dia do incidente, encontrou uma garrafa de água contendo um líquido com pedrinhas, suspeitando ser chumbinho. Ele alertou sobre a possibilidade de ter sido alvo de uma armadilha e destacou que o advogado de Israely, sua ex-namorada, afirmou que a garrafa não foi periciada adequadamente.
Quando questionado sobre vídeos vazados na internet, nos quais a ex-namorada pulava o muro de sua residência, Gomes afirmou que foi ele quem vazou os vídeos para esclarecer a situação, respondendo a questionamentos sobre como ela poderia entrar em sua casa sem chave.