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Ministério Público pede revogação da prisão de jovem acusada de envenenar PM na PB

A defesa da jovem argumenta que tudo não passou de uma armação e questiona a ausência de perícia na garrafa encontrada na casa do policial militar

Por Carlos Rocha Publicado em
Mulher acusada de envenenar policial militar pb

Uma jovem de 23 anos suspeita de tentar matar o namorado, que é um policial militar, utilizando veneno de rato, conhecido como chumbinho, pode deixar a penitenciária Maria Júlia Maranhão, em Mangabeira. O Ministério Público pediu a revogação da prisão da acusada.

A defesa da jovem argumenta que tudo não passou de uma armação e questiona a ausência de perícia na garrafa encontrada na casa do policial militar, que seria a suposta vítima. Os advogados alegam que não há comprovação de que havia chumbinho na água e que as imagens divulgadas do circuito de segurança não correspondem ao mesmo dia do suposto envenenamento.

O Ministério Público, concordando com os argumentos da defesa, pediu a revogação da prisão preventiva por falta de provas concretas. O caso ganha complexidade diante da alegação da jovem de ter sofrido violência doméstica e agressões físicas por parte do policial militar.

O cabo da Polícia Militar, vítima no caso, divulgou um vídeo nas redes sociais relatando a situação e afirmando que a jovem havia invadido sua casa e deixado veneno em uma garrafa com água. No entanto, as imagens divulgadas pelo policial e a denúncia foram contestadas pela defesa da acusada.

A prisão da jovem, identificada como Israely da Silva Lemos, foi mantida após apresentação das imagens do circuito de segurança do prédio onde o policial mora e a divulgação de um vídeo pelo cabo. Os advogados de defesa recorreram da decisão, ressaltando que a jovem não possui histórico criminal e apresentaram documentos que atestam a inocência dela.

Ricardo Gomes, que teria sido vítima de envenenamento por parte da namorada, conversou com a TV Tambaú. Ele deu entrada no hospital de trauma em 17 de Janeiro, após ingerir um líquido supostamente misturado com veneno de rato.

Gomes explicou que a namorada havia invadido sua casa dias antes, demonstrando um comportamento agressivo e possessivo. Ele ressaltou que já havia encerrado o relacionamento meses antes, devido a esse comportamento, e que a invasão ocorreu mesmo após bloqueá-la em todas as redes sociais.

O policial relatou que, no dia do incidente, encontrou uma garrafa de água contendo um líquido com pedrinhas, suspeitando ser chumbinho. Ele alertou sobre a possibilidade de ter sido alvo de uma armadilha e destacou que o advogado de Israely, sua ex-namorada, afirmou que a garrafa não foi periciada adequadamente.

Quando questionado sobre vídeos vazados na internet, nos quais a ex-namorada pulava o muro de sua residência, Gomes afirmou que foi ele quem vazou os vídeos para esclarecer a situação, respondendo a questionamentos sobre como ela poderia entrar em sua casa sem chave.



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