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'Estou revoltada e quero justiça', diz viúva de motoboy atropelado por perito na PB

Acidente que matou o motoboy Orlando Pereira completa quatro meses nesta terça-feira (16)

Por Redação T5 Publicado em
Família de Orlando Pereira pede justiça
Família de Orlando Pereira pede justiça (Foto: Reprodução/TV Tambaú)

O acidente que matou o motoboy Orlando Pereira, em João Pessoa, completa quatro meses nesta terça-feira (16). O entregador estava trabalhando quando foi atropelado por um perito que trafegava na contramão de uma avenida no bairro Manaíra, em setembro de 2023. O suspeito de provocar o acidente responde o processo em liberdade.

Em entrevista exclusiva à TV Tambaú, a viúva do motoboy questionou as investigações e pediu justiça. “É difícil para a gente e o que eu quero, no momento, é justiça. Estou revoltada. Por que ele [Robson Félix] não vai ser preso? Se tivesse sido o contrário, Orlando estava preso, não estava?”, disse Marilene Pessoa.

Orlando Pereira e a esposa, Marilene Pessoa
Orlando Pereira e a esposa, Marilene Pessoa (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O perito suspeito de causar o acidente, na época do caso, pagou fiança de R$ 13 mil para responder o processo em liberdade. No entanto, uma decisão da Justiça determinou a devolução do valor pago a título de fiança. Isso porque o juiz da 2ª Vara Criminal de João Pessoa entendeu que a prisão não preencheu os requisitos legais, pois Robson Félix se apresentou espontaneamente à polícia no dia 17 de setembro.

A Justiça da Paraíba agendou, para o dia 29 de abril, uma audiência entre o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e o perito investigado para um acordo de não persecução penal (ANPP).

"Por que que esse cara não está preso?", questionou o pai do motoboy, Osmando Leal.

Assista à entrevista exibida no programa Tambaú da Gente Manhã, da TV Tambaú:

Minutos antes da batida

O acidente que pôs fim a vida Orlando Pereira, 38 anos, aconteceu por volta de 23h, na Avenida Esperança. O entregador estava em horário de trabalho quando foi atingido por um carro na contramão.

No veículo, Robson Félix estava acompanhado da namorada, que também falou à polícia. Ela afirmou que, momentos antes do acidente, o casal estava em um bar, onde ingeriu bebida alcoólica, mas o perito, não.

No depoimento, a mulher afirmou que após sair do bar, em uma das ruas do bairro, o perito avisou sobre a tentativa de assalto: “Se abaixa que a gente vai ser assaltado”. Ela disse que baixou-se após o aviso e momentos depois sentiu um forte impacto na porta do carro e percebeu que havia ocorrido um acidente.



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