Acusada de matar companheira mais de 90 facadas passa por júri popular na PB
O caso envolve Marilene, de 45 anos, acusada de assassinar sua companheira, Gilmara Santos da Costa, com quase 100 golpes de faca, do tipo peixeira
Acontece nesta quinta-feira (23), no Fórum Criminal da Capital, o julgamento de uma mulher suspeita de matar a companheira com 95 golpes de faca. O crime, ocorrido no loteamento Parque do Sol, em Gramame, Zona Sul de João Pessoa, em março de 2021, ganhou grande repercussão, e agora, a acusada enfrenta a justiça.
O caso envolve Marilene da Silva Ramos, de 45 anos, acusada de assassinar sua companheira, Gilmara Santos da Costa, com quase 100 golpes de faca, do tipo peixeira.
O crime ocorreu em 20 de março de 2021, e Marilene foi presa no mês seguinte, em Campina Grande. A polícia civil, responsável pela investigação, apontou que a motivação do crime seria ciúmes, após um relacionamento de aproximadamente cinco anos.
O julgamento teve início nesta quinta-feira (23), com a promotoria optando por falar sem o auxílio de equipamentos eletrônicos. O plenário, apesar de contar com poucas pessoas, acompanha atentamente o desenrolar do júri. Não há previsão para o término dos procedimentos.
O crime
Segundo informações do perito criminal Rodrigo Farias, foram contabilizadas cerca de 95 perfurações de faca no corpo da vítima. "Pelo tórax, abdomén, pescoço, braço, pernas e rosto", afirmou. Ele ainda disse que foi coletalo material para "exames complementares".
De acordo com relatos de testemnhas, antes de cometer o crime, a mulher suspeita teria dopado a sogra, a companheira e um sobrinho.
Uma moradora do prédio informou que, por volta das 5h da manhã, a mãe da mulher esfaqueada começou a gritar pedindo socorro para a filha. Em seguida, os moradores acionaram a Polícia Militar e socorreram a mãe e o sobrinho da vítima, de 7 anos.
Ainda segundo informações, a idosa e a criança foram dopados com veneno misturado no café e no suco. Os dois foram socorridos pelo SAMU e levados para o hospital. De acordo com o enfermeiro que fez o atendimento, eles apresentavam sinais de envenenamento.
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