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7 anos de espera

Caso Priscila Vanessa: após adiamentos, júri acontece nesta terça-feira (10)

O crime, que ocorreu em 2016, no bairro Muçumagro, em João Pessoa, será submetido à Justiça da Paraíba após sete anos de espera

Por Carlos Rocha Publicado em
Caso Priscila Vanessa: Júri acontece em João Pessoa após 7 anos de espera
Caso Priscila Vanessa: Júri acontece em João Pessoa após 7 anos de espera (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)

A manhã desta terça-feira (10), marca o aguardado júri popular de Carlos Eduardo, acusado de assassinar a nutricionista Priscila Vanessa Lins Mendonça, 35 anos. O crime, que ocorreu em 2016, no bairro Muçumagro, em João Pessoa, será submetido à Justiça da Paraíba após sete anos de espera. O julgamento chegou a ser marcado para o dia 8 de setembro desse ano, mas foi adiado.

Segundo testemunhas, durante a madrugada de 18 de julho de 2016, um tiro foi ouvido. Minutos depois, Carlos Eduardo emergiu da residência, pedindo ajuda e alegando que a esposa havia tirado a própria vida. No entanto, as investigações da Polícia Civil, respaldadas por laudos periciais, indicaram que Carlos Eduardo era o único suspeito, e o caso não se tratava de suicídio, mas sim de homicídio.

Josué Mendonça, irmão da vítima, desabafou ao Portal T5 sobre os sete anos de espera pelo julgamento. O novo pedido de adiamento da defesa do acusado foi negado, trazendo esperanças à família de que finalmente a justiça seja feita. Josué relembra as tragédias que atravancaram o processo, como a morte de um perito em decorrência de câncer e a perda de um delegado devido à Covid-19, além de outros adiamentos por diferentes razões.

No entanto, apesar das adversidades, a família diz que espera que a justiça prevaleça e Carlos Eduardo seja condenado, uma vez que todas as evidências apontam para sua autoria no crime. Na época, o perito Herbet Bozon analisou o local do crime e concluiu que a cena estava totalmente incompatível com um suicídio. Itens haviam sido manipulados, a arma estava fora do lugar, e as marcas de sangue no corpo da vítima não eram coerentes com um tiro na cabeça e uma queda.

Bozon enfatizou que os resíduos de chumbo na mão da vítima não coincidiam com a entrada do projétil, indicando um disparo à distância. Ele reforçou que todos os elementos apontavam para um homicídio e não um suicídio.

Na época, a delegada Maria das Dores, após análises e diligências, afirmou que as evidências apontavam para Carlos Eduardo. Contradições em seus depoimentos, testemunhos de vizinhos e a alteração da cena do crime para dificultar as investigações foram fatores determinantes.

A família acrescentou que o julgamento de Carlos Eduardo, além de trazer o sentimento de justiça sendo feita é um passo importante no enfrentamento da violência contra a mulher. Mesmo após anos de espera e obstáculos, a família de Priscila Vanessa espera justiça, trazendo um pouco de paz a uma história marcada por tragédia e dor.

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