Reordenamento da orla gera protesto de músicos, funcionários e donos de quiosques
O reordenamento da orla, segundo manifestantes, ameaça empregos e a vitalidade da cena musical local
Músicos, funcionários e proprietários de quiosques na orla de João Pessoa uniram suas vozes em um protesto pacífico, rítmico e cultural na noite desta terça-feira (24), no Largo de Tambaú. A manifestação tem como pano de fundo uma profunda preocupação: o reordenamento da orla que, segundo manifestantes, ameaça empregos e a vitalidade da cena musical local.
A Associação de Forrozeiros, por exemplo, não se sentiu contemplada pelo novo Termo de Ajuste de Conduta recentemente assinado, que não engloba instrumentos percussivos essenciais para o forró, como a zabumba e o triângulo. A ausência desses elementos no acordo restringe o desempenho da música forrozeira nos quiosques da praia.
Carlos Carneiro, presidente da associação, destaca a situação preocupante: "Está desempregando muitos forrozeiros que dependem da orla de João Pessoa para sobreviver, para tocar na noite e levar o sustento para casa. É mais do que uma causa pelo forró; é uma causa pelo emprego e renda. Estamos aqui em busca de retomar o nosso trabalho que foi tolhido por essa falta de representação."
O protesto, além de seu tom reivindicativo, é carregado de simbolismo, com poesia e notas musicais expressando o anseio dos músicos e trabalhadores em terem a oportunidade de retomar suas atividades nas belas praias da capital paraibana.
O Portal T5 tentou entrar em contato com órgãos da Prefeitura Municipal de João Pessoa, como a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, mas não obteve retorno.
Leia também: