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Pais trocaram mensagens antes de filha ser morta a facadas, em João Pessoa

Crime aconteceu no bairro Novo Geisel, na manhã desta quinta-feira (26)

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Júlia, 1 ano, foi morta a facadas.
Júlia, 1 ano, foi morta a facadas. (Imagem: Reprodução)

A mulher suspeita de matar a filha em João Pessoa encaminhou mensagens de texto ao pai da criança, pouco antes do crime, nesta quinta-feira (26). Nas mensagens, Eliane Nunes da Silva, 27 anos, responde declarações do ex-marido e sugere quer conversar com o homem no intuito de reatar o relacionamento do casal.

Por volta das 7h, o homem informa que não quer continuar a relação. "Preciso de paz na minha vida. Você é uma pessoa muito ciumenta". Em seguida, ele promete o pagamento de R$ 200, por semana, para auxiliar nas despesas da criança. "Vamos ser amigos", completa.

Minutos depois, ela o encaminha uma sequência de mensagens onde promete que não será ciumenta. "Vem aqui, pelo amor de Deus", diz. “Eu lhe amo. Não faça isso comigo”, sinaliza. O homem, por sua vez, nega o contato e bloqueia a mulher na rede social.

De acordo com o delegado Bruno Victor Germano, a mulher informou que cometeu o crime porque o pai pretendia pedir a guarda da filha na Justiça. O crime pode ter acontecido em sequência. A Polícia Civil apreendeu uma faca peixeira suja de sangue no imóvel onde o crime foi praticado. A criança identificada como Júlia estava no berço com vários ferimentos.

Ainda segundo o delegado: "Ela chegou muito abalada e visivelmente arrependida. Ela informa que o pai tinha saído de casa e alegou que ia tomar a criança judicialmente. Então isso deve ter gerado algum tipo de gatilho e ela, por esse motivo fútil, assassinou a criança", disse o delegado.

Presa, a mulher aguarda a audiência de custódia. O corpo da criança passou por perícia e será encaminhado ao Instituto de Polícia Científica (IPC) antes de ser liberado para últimas homenagens e sepultamento.

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