Bebê assassinada é sepultada na PB; mãe suspeita de crime vai à cadeia
Tristeza marcou despedida. Crime aconteceu no apartamento da família, em João Pessoa
Foi sepultado na manhã desta sexta-feira (27), o corpo de Júlia Cavalcante de Oliveira Nunes, 1 ano, morta a facadas pela própria mãe. A despedida aconteceu em um cemitério particular, no bairro do José Américo, em João Pessoa. O pai, parentes, familiares e vizinhos participaram do momento. Antes, um cortejo percorreu as ruas da cidade.
Em paralelo a despedida, Eliane Nunes, de 27 anos - que confessou ter matado a facadas a própria filha - passou por audiência de custódia no Fórum Criminal. O resultado foi definido por volta das 11h20. A Justiça determinou prisão preventiva e a manutenção da pena em regime fechado. Eliane será encaminhada ao presídio Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira.
Segundo o advogado Jardiel Oliveira, a determinação será revista a cada 90 dias, seguindo os trâmites legais. "Na audiência de custódia a defesa de mostrou preocupada com a segurança da nossa cliente, e o pedido foi atendido pela Justiça", disse. Desta forma, Eliane terá acesso a psicóloga e equipe multidisciplinar.
"O primeiro contado da defesa com a Eliane foi apenas a respeito das circunstâncias da prisão. Em sequência teremos novos contatos a fim de compreender o processo para que ela tenha um julgamento justo", completou Jardiel.
Investigações apontam que o crime foi motivado por vingança. Para retaliar a decisão do então esposo, que pediu o fim do relacionamento, a mulher matou a própria filha.
Comportamento
A mulher agiu de forma consciente e por vingança, de acordo com o delegado Diego Garcia. Segundo o investigador, o caso é tratado como um homicídio qualificado, por ser um crime contra um descendente (filha), por meio cruel e com motivo fútil. A bebê foi morta com mais de dez facadas.
Registro
Testemunhas no local do crime relataram que Eliane aparentava tranquilidade e ninguém poderia prever essa tragédia. Imagens do circuito do condomínio registraram o momento em que Eliane sai do prédio e corre até um ônibus do outro lado da rua, após cometer o homicídio.
O corpo da menina Júlia foi liberado no final da tarde de quinta-feira (26). A Polícia Civil não divulgou detalhes do laudo pericial, mas informações apuradas indicam que o corpo da menina apresentava múltiplas lesões por faca na face, pescoço e tronco.
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