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"Não tenho intenção de fugir", diz médico suspeito de agredir mulher em João Pessoa

Pedido de prisão ocorreu após registros de câmeras de segurança mostrarem violência contra a vítima dentro do elevador e também no carro

Por Carlos Rocha Publicado em
"Não tenho intenção de fugir", diz médico que agrediu mulher em João Pessoa
"Não tenho intenção de fugir", diz médico que agrediu mulher em João Pessoa (Foto: Reprodução/ Instagram)

A delegada da Polícia Civil de João Pessoa, Cláudia Germana, solicitou nesta segunda-feira (11) a prisão preventiva do médico João Paulo Casado, suspeito de agredir uma mulher no elevador de um prédio na capital paraibana. A delegada informou que o mandado de prisão foi solicitado e pode ser expedido a qualquer momento. Foi informado ainda que o suspeito não foi encontrado e não atendeu às ligações.

O pedido de prisão ocorreu após registros de câmeras de segurança mostrarem o suspeito agredindo a vítima dentro do elevador e também no carro do casal. As imagens datam de abril e setembro de 2022 e foram divulgadas no último domingo (10).

João Paulo Casado ocupava o cargo de diretor-técnico do Hospital Ortotrauma de Mangabeira e era servidor do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, além de ser membro do Corpo de Bombeiros da Paraíba. Após a divulgação das imagens, as secretarias de Saúde do estado e do município confirmaram sua exoneração, e o Corpo de Bombeiros anunciou a abertura de um procedimento para investigar sua conduta, resultando em seu afastamento das funções na corporação.

Em entrevista à TV Arapuan na noite desta segunda-feira (11), João Paulo Casado afirmou que não tem a intenção de fugir da justiça. Ele disse: "A prisão foi decretada, e vou me apresentar através do meu advogado. Não tenho intenção de obstruir a justiça. Tenho residência fixa, um emprego no Corpo de Bombeiros e meu filho aqui em João Pessoa. Não tenho intenção alguma de fugir ou desaparecer. Meu objetivo é resolver esse caso da melhor forma possível e prestar contas perante a justiça e a sociedade pelo que aconteceu."

O médico também expressou arrependimento e relatou que já pediu perdão pessoalmente para a vítima. Ele explicou: "Estou ciente de que nada do que eu disser aqui justifica o fato, e reconheço meu erro e minha falha. Já pedi perdão à Rafaela. O que aconteceu foi que eu estava sob estresse do dia a dia e das atribuições do trabalho, além de todas as outras responsabilidades que tenho. Naquele momento, estávamos em uma discussão verbal, e eu estava com meu filho no elevador. As palavras dele provocaram uma reação impensada de minha parte, uma sensação de proteção de pai, mas isso não justifica de forma alguma o que fiz."

Questionado se havia ciúmes entre a vítima e o filho do suspeito, João Paulo negou e acrescentou: "Às vezes, deixávamos de fazer algumas coisas quando meu filho estava em casa, e até abri mão de sair com ela ou fazer outras coisas na ausência dele. Mas naquele momento, agi por impulso de proteção paterna. Repito que isso não é justificativa; estou apenas descrevendo o que aconteceu."

A defesa de João Paulo Casado divulgou uma nota à imprensa acusando a vítima de extorsão. A nota, assinada pelo advogado Aécio Farias, afirma que o conteúdo foi divulgado devido à recusa do suspeito em ceder a extorsões para pagar a mensalidade da faculdade de medicina da vítima, no valor de R$ 10.670,00, e ao ajuizamento de uma ação de divórcio.

O caso continua sendo investigado pelas autoridades.

Denuncie

Se você sofre ou presenciou algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie. Em caso de emergência, a mulher ou alguém que presencie alguma agressão, pode pedir ajuda por meio do telefone 190, da Polícia Militar.

Na Paraíba, as denúncias podem ser feitas também em qualquer uma das Delegacias da Mulher (Deam) espalhadas em todas as regiões, além do plantão 24 horas na Deam Sul de João Pessoa, que funciona na Central de Polícia.

Além desses locais, o denunciante poderá utilizar os telefones 197 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar, para chamado de urgência) ou o 180 (número nacional de denúncia contra violência doméstica). Outra opção é fazer um registro da denúncia através da delegacia online no endereço: www.delegaciaonline.pb.gov.br

Denúncias de violência contra mulheres também podem ser feitas pelo WhatsApp. Para isso, basta enviar uma mensagem para o número (61) 9610-0180 pelo aplicativo ou pelo link https://wa.me/556196100180?text=oi.

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