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Pai de motoboy morto em atropelamento confronta versão de advogado do suspeito

Atropelamento aconteceu no fim da noite do último sábado (16), em Manaíra.

Por Cristiano Sacramento Publicado em
Seu Osmando Leal (à esq.), pai do motoboy Orlando Pereira (à dir.)
Seu Osmando Leal (à esq.), pai do motoboy Orlando Pereira (à dir.) (Foto: Thaís Alencar e Arquivo Pessoal)

Osmando Leal, pai do motoboy Orlando Pereira, de 38 anos - atropelado por um carro que trafegava na contramão - confrontou, nesta terça-feira (19), a versão dada pela defesa do suspeito do condutor do carro, o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix.

Segundo o advogado Diego Cazé, Robson andou na contramão porque tentou fugir de uma tentativa de assalto. A manobra resultou no atropelamento de Orlando, em um cruzamento da avenida Esperança, no bairro de Manaíra. “Ele chega a parar ainda no local, tenta prestar assistência à vítima. Mas, como se vê nas imagens, várias outras pessoas também pararam. Pela animosidade desse tipo de circunstância, o local e horário. Ele se evadiu para se preservar”, disse.

Osmando contesta a versão. “Não tinha ninguém ao lado do meu filho quando ele caiu. Simplesmente, uma pessoa de bicicleta parou e chamou o Samu. Seu advogado, pago para mentir, disse que tinha gente querendo lhe linchar e por isso o senhor não parou. Mas, como que o senhor nem parou”, questionou e completa: “O senhor sabe, tem consciência daquilo que fez. Você pegou uma contramão em alta velocidade. Com uma pistola na cintura informar que foi por conta de uma tentativa de assalto? Quem é o maluco que vai assaltar alguém que está armado”.

Nessa segunda-feira (18), Osmando Júnior, irmão do motoboy disse que, ao retornar a região do acidente, foi abordado por uma testemunha espontânea que afirmou ter visto o perito criminal da Polícia Civil, Robson Felix, suspeito do caso, “embriagado”.

Ele desceu cerca de 100 metros depois do local do acidente. Estava cambaleando. Ele entrou no carro e foi embora”, afirmou. Ainda de acordo com o irmão do motoboy, outro motociclista seguiu o perito para filmar o comportamento. “Deu pra ver que o carro não seguia uma reta", exclamou e questionou: "Será que vai ser mais um Ruan Macário? Eis a pergunta e a resposta fica com vocês”.

Assistência

Osmando disse que o advogado enviou mensagens para a família da vítima questionando se eles precisavam de algum suporte financeiro.

Não queremos dinheiro. Somos pobres, mas ricos no poder de Jesus Cristo. Não quero dinheiro. Quero a vida do meu filho”, pediu.

E conclui: “no mínimo, o que eu quero da Justiça paraibana é que ele vá para a cadeia”.

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