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Pastora paraibana é presa em SC suspeita de aplicar golpe milionário

As atividades do grupo teriam movimentado impressionantes R$ 156 milhões em um período de cinco anos

Por Carlos Rocha Publicado em
Pastora paraibana é presa em SC suspeita de aplicar golpe milionário
Pastora paraibana é presa em SC suspeita de aplicar golpe milionário (Foto: Polícia Civil/ SC)

Uma mulher natural da cidade de Patos, na Paraíba, identificada como Maria Aparecida Gomes Barbosa, de 63 anos, foi presa em Santa Catarina sob suspeita de envolvimento em um golpe que prometia lucros da ordem de um "octilhão" de reais. Maria Aparecida se autodenomina pastora e estaria ligada a um suposto grupo religioso envolvido no esquema fraudulento, que teria vitimado cerca de 50 mil pessoas no Brasil e no exterior.

De acordo com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, o líder do grupo é apontado como pastor Osório José Lopes Júnior, atualmente considerado foragido. Maria Aparecida teria desempenhado um papel-chave no esquema, atuando como uma espécie de administradora. O delegado Marco Aurélio Sepúlveda descreveu seu papel como uma "mula da fraude", coordenando grupos sociais, recrutando vítimas e auxiliando os líderes na captação de investimentos.

A investigação revela que o grupo era composto por pastores que convenciam fiéis frequentadores de suas igrejas de que estavam destinados a receber grandes quantias de dinheiro. O estratagema envolvia a promoção de uma teoria conspiratória denominada "Nesara Gesara" e a promessa de lucros exorbitantes, incluindo a mencionada cifra de "um octilhão de reais".

As atividades do grupo teriam movimentado impressionantes R$ 156 milhões em um período de cinco anos. Além disso, os suspeitos teriam criado 40 empresas fictícias e movimentado mais de 800 contas bancárias suspeitas.

A prisão de Maria Aparecida ocorreu na residência de sua filha, localizada em Jaraguá do Sul, no estado de Santa Catarina, após a Polícia Civil de Santa Catarina ser acionada para auxiliar na operação. Inicialmente, o mandado de prisão havia sido expedido pelo Distrito Federal.

A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR).

Segundo as autoridades, os suspeitos utilizavam as redes sociais como plataforma para executar seus golpes. O modus operandi envolvia a persuasão das vítimas para investirem suas economias em operações financeiras fictícias ou projetos de ações humanitárias fraudulentos.

A investigação aponta que o grupo contava com cerca de 200 membros, incluindo dezenas de pastores, e prometia retornos "imediatos e rentabilidades estratosféricas". Entre as promessas enganosas, destacava-se a alegação de que um depósito de apenas R$ 25 poderia render o impressionante valor de um octilhão de reais.

As autoridades continuam investigando o caso e buscando pelo líder do grupo, o pastor Osório José Lopes Júnior, que se encontra foragido.

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