Mais de 700 gatos abandonados vivem na UFPB, aponta instituição
Em resposta a essa problemática, a UFPB anunciou uma série de medidas visando prevenir e combater o crime de abandono de animais
Estima-se que cerca de 700 gatos estejam abandonados no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), uma situação que tem gerado preocupação na instituição. Em resposta a essa problemática, a UFPB anunciou uma série de medidas visando prevenir e combater o crime de abandono de animais, bem como melhorar o bem-estar animal no campus.
A iniciativa surge após uma reunião realizada nesta terça-feira (15), que reuniu a Reitoria, a direção do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) e grupos de defesa dos animais, como o Núcleo de Justiça Animal (NEJA) e o projeto de extensão Animais Comunitários.
Dentre as medidas discutidas, está o aumento da vigilância nos prédios do campus, a realização de reuniões com diretores de centro e grupos de proteção aos animais, a criação de uma comissão de bem-estar animal e a realização de uma campanha de conscientização.
O Reitor da UFPB, Prof. Valdiney Gouveia, destacou a importância da participação da comunidade universitária por meio de denúncias para coibir o crime de abandono de animais. Gouveia afirmou: "A Universidade repudia ações desse tipo, que são de pessoas que flagrantemente cometem delitos. É importante que toda comunidade universitária se mova e possa denunciar."
A Diretora do CCJ, professora Anne Augusta Alencar Leite, ressaltou a necessidade da colaboração entre a Reitoria, Direções de Centro e grupos de proteção animal para enfrentar essa problemática.
A UFPB também está elaborando uma resolução sobre política institucional e bem-estar animal, que está em processo de tramitação para aprovação pelo Conselho Universitário (Consuni). Além disso, está prevista a criação de uma comissão dedicada a tratar desse assunto.
O abandono de animais é crime de acordo com a Lei de Crimes Ambientais e pode resultar em pena de até 5 anos de prisão, multa e perda da guarda. O abandono é considerado uma forma de maus-tratos segundo o Código de Direito e Bem-Estar Animal da Paraíba.
O professor Francisco Garcia Figueiredo, coordenador do NEJA, ressaltou que o abandono de animais não só prejudica os próprios animais, expondo-os a violência e doenças, mas também pode ter consequências para a saúde pública, destacando a importância da interação entre saúde animal, ambiental e humana.
A reunião com os diretores de Centro para discutir o bem-estar animal está agendada para a próxima terça-feira (22).
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