PF prende ex-procurador da Câmara de São Mamede, na PB
João Lopes é suspeito de integrar uma quadrilha apontada como responsável por desvios de recursos na cidade
João Lopes, ex-procurador da Câmara de São Mamede e alvo da Polícia Federal, no âmbito da Operação Festa no Terreiro 2, foi preso na manhã desa quinta-feira (17) ao se apresentar na delegacia em Patos, no Sertão do estado. Ele é suspeito de integrar uma quadrilha apontada como responsável por desvios de recursos na cidade.
João havia sido exonerado do cargo de procurador após o esquema ser investigado. Confirma PF, ele é apontado como um dos responsáveis pelos desvios de verbas através de processos licitatórios e contratos do município. As ações tinham como financiamento, por exemplo, a construção de uma casa de luxo para Umberto Jefferson - prefeito da cidade de São Mamede, preso na operação.
Além de procurador-geral, João Lopes de Sousa Neto presidia a Comissão de Licitação do município. O investigado assinou uma licitação de R$ 10.104.129,88. No entanto, o valor original era de R$ 8.357.151,13. Os autos do processo referenciam que o aumento de R$ 1.746.978,75 decorre de parte dos R$ 2.659.389,78 que Josivan Gomes - braço direito de Umberto - teria recebido por intermédio da empresa NV Consórcio de Engenharia LTDA.
Operação Festa no Terreiro e posse de vice
O nome da operação é uma referência ao linguajar utilizado pelos investigados ao combinar o resultado de licitações. O vice-prefeito de São Mamede, Francisco das Chagas Lopes de Souza Filho, tomou posse na terça-feira (15), como prefeito interino do município.
A cerimônia de posse aconteceu em uma sessão extraordinária realizada pela Câmara Municipal de São Mamede, transmitida pelo canal do YouTube da casa. Na ocasião, Francisco das Chagas disse estar triste com as circunstâncias que o levaram a assumir a prefeitura.
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