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QUEDA DO FPM

Prefeitos da Paraíba protestam em busca de recursos

Movimento reuniu prefeitos de 200 municípios do estado

Por Rinaldo Pedrosa Publicado em
Movimento reuniu prefeitos de 200 municípios do estado
Movimento reuniu prefeitos de 200 municípios do estado (Foto: Divulgação / Prefeitura de João Pessoa)

Prefeitos de mais de 200 municípios da Paraíba se reuniram nesta quarta-feira (30), em protesto contra a queda de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Aliado a isso, em pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), foi constatado que 48% das cidades paraibanas fecharam o primeiro semestre de 2023 com as contas no vermelho. A instituição aponta que 107 das 223 cidades apresentaram déficit.

Em um movimento organizado em frente à Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), criticou a queda dos repasses aos municípios. “Os municípios são os que tem maiores atribuições na vida das pessoas. É no território municipal que as coisas acontecem. Alguém que precisa de um serviço de saúde pública, de educação, do transporte coletivo, de infraestrutura, então, nós precisamos ser mais respeitados. É uma estrutura que precisa ser repensada no Brasil, inclusive na reforma tributária, no sentido de que a parcela de recursos deve ficar mais na mão dos municípios, que são aqueles que tem mais a ver na vida das pessoas”, afirmou o prefeito.

No protesto, o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), disse que os prefeitos da Paraíba exigem respeito. “Não tem como não apoiar. Esse não é um evento de prefeitos esse é um movimento de cidades. São quase 200 cidades aqui ara dizer que queremos respeito. Respeito do Governo Federal, do Congresso Nacional"

O prefeito ainda alega que os municípios somam muitos gastos essenciais. "Segurança, educação, saúde… todos esses serviços são responsabilidades dos municípios. Isso, ainda tem outras pautas que são muito justas, a exemplo de piso da enfermagem. Tudo isso é justo, mas impossível de ser implementado se a cada mês o governo federal retirar recursos dos municípios."

Propostas

A CNM reitera que são desenvolvidas medidas que possam distribuir de forma mais efetiva as receitas do país. Uma das defesas da instituição é o aumento de 1,5% no FPM de março, que tramita na PEC 25/2022, e, se aprovada, representará R$ 369 milhões.

Há ainda a redução da alíquota patronal do INSS para 8% em municípios de até 156 mil habitantes (PL 334/2023), a recomposição do ICMS (PLP 94/2023), com R$ 100,8 milhões aos cofres municipais, e o fim do voto de qualidade do Carf (PL 2384/2023), com potencial de injetar R$ 1 bilhão no FPM, entre outros.

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