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Golpe milionário

Operação contra Braiscompany completa 5 meses com Antônio Ais e Fabrícia foragidos

Sócios da empresa são acusados de fraude com investimentos em criptos

Por Juliana Alves Publicado em
Caso Braiscompany: acusados continuam foragidos
Caso Braiscompany: acusados continuam foragidos (Foto / Reprodução: Polícia Federal)

Uma suspeita de golpe milionário com criptomoedas atraiu os olhares do Brasil para a Paraíba no início deste ano. Campina Grande, sede da empresa paraibana Braiscompany, foi cercada de policiais federais que investigavam - e ainda apuram - crimes contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais. As ações aconteceram após a deflagração da operação Halving, em 16 de fevereiro.

Conforme a Polícia Federal, os principais alvos da investigação são Antônio Neto e Fabrícia Farias Campos, sócios da Braiscompany que movimentaram R$ 1,5 bilhão. A prisão do casal foi decretada pela Justiça Federal em fevereiro, mas até hoje, cinco meses após a determinação, os donos da empresa de criptoativos permanecem foragidos. Para facilitar o cumprimento da decisão da Justiça, os nomes deles foram inseridos na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol.

Durante esse período, três funcionários da Braiscompany foram presos pela Polícia Federal. Além disso, a empresa se tornou alvo também de investigação por parte dos ministérios públicos Estadual e Federal e os donos tiveram bens apreendidos e leiloados. Dois novos leilões dos bens da empresa, inclusive, serão realizados no dia 10 e 17 de agosto (veja detalhes aqui).

De lá para cá, Antônio Neto chegou a se pronunciar nas redes sociais sobre a investigação, em março. Na nota, ele mencionou “chantagens e acordos impostos por pessoas, grupos de poder e entidades" nos quais a Braiscompany foi submetida nos últimos anos e assumiu a responsabilidade pelo que aconteceu com a empresa e com os investidores.

Dias antes, o perfil de Antonio Neto no Instagram reportou que ele estaria na Argentina. A informação tem como base a localização da última atividade da conta dele, através de um story.

Em maio, a defesa do 'casal braiscompany' disse que os donos da empresa paraibana não se entregaram porque aguardam o reconhecimento da ilegalidade das prisões. “Antônio Neto e Fabrícia estão aguardando o reconhecimento da ilegalidade da prisão deles para se apresentarem e esclarecerem os fatos", afirmou o advogado Santiago Schunk.

A investigação

A empresa paraibana Braiscompany se tornou alvo de uma investigação da Polícia Federal em fevereiro deste ano, após clientes da empresa registrarem denúncias. A promessa da Braiscompany era de que investidores teriam um ganho financeiro de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal no mercado financeiro.

Quando deflagrada, a operação Halving cumpriu oito mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, e em São Paulo.

Halving

O nome da operação é uma alusão ao aumento da dificuldade de mineração do bitcoin, que ocorre a cada quatro anos, período semelhante a ascensão e derrocada do esquema investigado.



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