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Servidor da Caixa investia dinheiro desviado de banco na compra de gado

Operação cumpriu mandados de busca e apreensão nesta terça (25). Suspeito responderá em liberdade

Por Joao Cunha Publicado em
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(Foto: Divulgação/Polícia Federal)

O servidor aposentado da Caixa Econômica alvo de operação da Polícia Federal, nesta terça-feira (25), lavava dinheiro com compra de gado, propriedades rurais, além de transferências para laranjas e familiares. É o que aponta a investigação da delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da PF.

De acordo com o chefe da delegacia, Derly Brasileiro, o funcionário teria causado prejuízos financeiros à instituição bancária de quase R$ 9 milhões, mas que ao final da investigação pode chegar a R$ 23 milhões.

O dinheiro, movimentado de forma irregular pelo servidor, deveria ser destinado à Receita Federal e ou para o INSS. Os recursos, no entanto, eram depositados em contas que ele mesmo criava e que posteriormente seriam movimentados em benefício próprio.

“Ele depositava em contas que ele mesmo criava. Contas irregulares. Ele fazia a movimentação própria como se fosse dele. Pagando boletos, contas, transferindo para parentes, transferindo para laranjas”, disse Derly Brasileiro.

Dentre as formas de lavar o dinheiro da Caixa Econômica, segundo a investigação, se destacavam as aplicações em atividades rurais, como compra de fazendas e cabeças de gado.

Para isso, de acordo com a PF, o servidor da Caixa transferia a conta para parentes e laranjas, que faziam a aquisição dos imóveis e demais bens.

“Casas, propriedades rurais, fazendas, as buscas são elementos para trazer para a investigação mais provas. Procuramos obter mais provas para o convencimento da existência e materialidade do crime. Temos várias informações de caráter financeiro de destinação desses valores para pessoas ligadas a ele. Todas essas pessoas responderão perante à justiça federal”, completou.

A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva do servidor aposentado, mas foi negada pela justiça federal. Sendo assim, ele deve responder o processo em liberdade.

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