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vítima de 14 anos

Morte de adolescente em ação da PM completa 3 meses ainda sem punições

Portal T5 procurou a polícia para saber o andamento das investigações e ouviu as famílias das vítimas

Por Juliana Alves Publicado em
Projeto de Lei foi encaminhado para a Assembleia Legislativa
Projeto de Lei foi encaminhado para a Assembleia Legislativa (Foto: Reprodução/Instagram @pmpboficial)
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Após três meses, a abordagem policial que terminou com um adolescente morto e outro ferido em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, segue em investigação. Durante esses 90 dias, os militares envolvidos no caso ainda não prestaram depoimento e a Polícia Civil afirmou que apenas as famílias das vítimas foram ouvidas. Os agentes que realizaram a abordagem permanecem trabalhando na rua, mas agora na cidade vizinha - em Cruz do Espírito Santo.

João Vitor, 14 anos, morreu após ser atingido com um tiro no peito. Segundo a polícia, ele teria desobedecido uma ordem de parada durante a abordagem. Um outro jovem, 17 anos, que estava com o adolescente também foi baleado, socorrido e recebeu alta após 19 dias internado. Ao Portal T5, a mãe do jovem contou que "ele começou a fazer fisioterapia e ainda sente dor”.

Maria Fernanda, irmã de João Vitor, se emocionou ao lembrar dele em conversa com o T5. “Ainda é muito difícil. A gente quer justiça, porque interromperam a vida e os sonhos do meu irmão. Destruíram minha família”, disse ela, chorando. “Ainda bem que o amigo dele está vivo para contar a verdade”.

Quem estava armado?

Os parentes dos jovens baleados confrontam a versão dada pelos policiais sobre o caso. De acordo com as famílias, os adolescentes não estavam armados e levantam a hipótese de que um policial teria tentado plantar uma arma na cena.

Ainda segundo a família de João Vitor, um dos policiais que registrou a ocorrência na delegacia teria feito ameaças aos parentes do adolescente morto.

A investigação

Ao Portal T5, o coronel Lima, comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Santa Rita, explicou porque os policiais envolvidos no caso foram transferidos para a cidade vizinha. "Eles não foram para a parte administrativa porque já temos poucos policiais na rua", afirmou.

A reportagem também procurou a Polícia Civil para saber o andamento da investigação uma vez que, geralmente, os inquéritos são concluídos em até 30 dias. De acordo com o delegado Diego Garcia, o prazo desse procedimento foi prorrogado. Os motivos, no entanto, não foram informados. O investigador disse apenas que essa "é uma investigação complexa".

Procurada, a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing da Polícia Militar da Paraíba afirmou que uma sindicância disciplinar foi aberta em maio para apurar o caso. O procedimento deve ser concluído em até 60 dias úteis.

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