Paraíba tem redução no Índice de Perda de Qualidade de Vida
Os dados revelam que os paraibanos estão enfrentando menos privações em relação a serviços de saúde, lazer e outros fatores que impactam a qualidade de vida
O Índice de Perda de Qualidade de Vida (IPQV) na Paraíba apresentou uma redução significativa de 26% no período entre 2008 e 2018, segundo o estudo "Evolução dos Indicadores de Qualidade de Vida" divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (23).
Os dados revelam que os paraibanos estão enfrentando menos privações em relação a serviços de saúde, lazer e outros fatores que impactam a qualidade de vida. A análise foi realizada a partir da comparação entre duas edições da Pesquisa de Orçamento Familiares (POF) do IBGE, realizadas nos anos de 2008 e 2018.
No período analisado, o indicador paraibano do IPQV diminuiu de 0,279 para 0,206, enquanto o indicador nacional passou de 0,227 para 0,157. Vale ressaltar que o IPQV varia de zero a um, sendo que quanto mais próximo de zero, menor é a perda de qualidade de vida e menores são as privações enfrentadas pelas pessoas.
Apesar do bom resultado alcançado pela Paraíba, o recuo no IPQV foi menor em comparação com a média nacional, que registrou uma redução de 30%, e a média do Nordeste, que teve uma diminuição de 31,7%.
Os indicadores foram elaborados com base em nove temas, abrangendo renda, moradia, acesso a serviços de utilidade pública, saúde, educação, acesso a serviços financeiros e padrão de vida, alimentação, transporte, lazer e viagens. As perdas, mensuradas pelo IPQV, refletem as dificuldades que as famílias enfrentam para transformar seus recursos e aquisições em qualidade de vida.
Além disso, o estudo também analisou o Índice de Desempenho Socioeconômico (IDS) na Paraíba, que apresentou um crescimento de 14,5% no período de 2008 a 2018. Apesar do avanço, o resultado paraibano (5,455) ficou abaixo da média nacional (6,147). O IDS mede o desempenho socioeconômico de uma região, considerando diferentes aspectos.
De acordo com o estudo, o índice socioeconômico da Paraíba foi o 8º menor do país, ficando atrás apenas dos estados do Maranhão, Pará, Alagoas, Acre, Amazonas, Piauí e Amapá. É importante ressaltar que essas estatísticas têm natureza experimental, pois estão em fase de teste e avaliação.
Em relação às categorias que mais contribuíram para o IDS na Paraíba, durante o período de 2017-2018, destacam-se o acesso a serviços financeiros e padrão de vida (19,9%), educação (19,5%) e acesso a serviços de utilidade pública (16,7%). Essas categorias foram identificadas como aquelas que mais impactaram negativamente o crescimento do índice.