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A década que nada mudou

'Barbárie de Queimadas': documentário sobre crime é lançado na PB

O filme presta homenagem às vítimas do crime

Por Carlos Rocha Publicado em
'Barbárie de Queimadas': documentário sobre crime é lançado na Paraíba
'Barbárie de Queimadas': documentário sobre crime é lançado na Paraíba (Foto: Divulgação)

O documentário "A década em que nada mudou", dirigido por Carol Diógenes, foi lançado na última sexta-feira (19) em Campina Grande, Paraíba. O filme presta homenagem às vítimas do crime conhecido como "Barbárie de Queimadas", que chocou o país. Recentemente, o caso foi tema do programa Linha Direta.

O crime ocorreu em 2012, durante uma festa de aniversário, onde cinco mulheres foram estupradas. Duas delas, Izabella Pajuçara e Michelle Domingos, foram assassinadas por reconhecerem os agressores. Eduardo Santos, o último envolvido a ser julgado, foi condenado a 108 anos de prisão. No entanto, em 2020, ele fugiu da prisão pela porta lateral e continua foragido. Outros seis homens foram condenados, e três adolescentes receberam medidas socioeducativas.

O documentário, dirigido, roteirizado, produzido, filmado e editado por Carol Diógenes, jornalista formada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), levanta questões sobre as atualizações do caso ao longo do tempo e destaca a importância de lembrar das vítimas.

Além do lançamento do documentário, o evento incluiu uma mesa de debates com palestrantes renomados, como o advogado criminalista e ex-prefeito de Campina Grande Félix Araújo Filho, o advogado e doutor em Direito Penal e Política Criminal pela Universidade de Granada Félix Araújo Neto e a advogada especialista em Direito Penal e mestranda em Direito Público Shelda Santiago.

De acordo com Carol Diógenes, o objetivo do documentário era também mostrar como os profissionais envolvidos no caso se sentiram. "A ideia do documentário sempre foi prestar uma homenagem, mas era muito mais do que isso. Eu também queria trazer a sensação de que, apesar dos jornalistas e policiais manterem uma aparência neutra, também há pessoas que são afetadas por aquele crime, por aquela situação. Então minha intenção era não apenas evitar que o assunto fosse silenciado, mas também trazer uma perspectiva diferente", afirmou a diretora.

"A década em que nada mudou" foi selecionado pela UEPB para representar a instituição no Congresso de Ciências da Comunicação (Intercom) em junho. Após o evento, o documentário estará disponível em plataformas online.


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