Cheque encontrado pela PF tem assinatura similar a de Murilo Galdino; veja
Deputado paraibano admitiu que a assinatura parece ser a dele e acredita que o cheque pode ter sido usado em uma negociação com um empresário de carros
A Polícia Federal na Paraíba apreendeu R$ 500 mil em dinheiro e R$ 300 mil em cheques com um coordenador financeiro de campanha de um político. O valor estava dentro de um cofre encontrado na casa do investigado. O objeto foi apreendido nesta terça-feira (7) e aberto nesta quarta (8) na Superintendência Regional.
A operação foi denominada de Talir. Os dados sobre os investigados não foram divulgados pela PF, mas um dos cheques encontrados durante buscas tinha o nome e uma assinatura (no verso) similar a feita pelo deputado federal Murilo Galdino (Republicanos) em documentos oficiais.
O cheque, no valor de R$ 100 mil, foi assinado por Rossana Valessa Silva Freire. Rossana, de acordo com currículo divulgado no Escavador, foi secretária adjunta da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, entre 2014-2018.
Os valores em espécie foram depositados em uma conta judicial e os cheques juntados ao inquérito que investiga os crimes de lavagem de dinheiro destinados a financiamento ilegal de campanhas eleitorais e compra de votos na última eleição.
A ação é um desdobramento da Operação Mercador, deflagrada em 14 de outubro de 2022, quando a Polícia Federal esteve em João Pessoa, São José do Sabugi e Teixeira para obter provas sobre a origem e destino de R$ 173.600 apreendidos com material de campanha na véspera do primeiro turno da eleição.
Galdino admitiu que a assinatura parece ser a dele e acredita que o cheque pode ter sido usado em uma negociação com um empresário de carros. Segundo ele, faz tempo que não usa cheques. a informação foi dada ao Blog Conversa Polícia, do Jornal da Paraíba.
“Parece sim minha assinatura, se for o cheque que endossei, foi para trocar com um empresário que tem lojas de carros e empresta dinheiro a juros. Precisei para dar andamento a uma obra que estou realizando”. Ele disse ainda que não teve acesso ao processo e não sabe o que está sendo investigado. “Se a pessoa emprestava dinheiro a juros e negociava com compra e venda de carros, normal o cheque tá aí”, explicou.