Manifestantes deixam calçadas do Exército na Paraíba
Alexandre de Moraes determinou a desocupação de acampamentos bolsonaristas em até 24 horas
Depois de quase 70 dias de manifestações contra o resultado da eleição de 2022, os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estavam acampados no Grupamento de Engenharia, na Avenida Epitácio Pessoa, deixaram o local na manhã desta segunda-feira (9). A desocupação também aconteceu em Campina Grande de maneira pacífica.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a desocupação de acampamentos bolsonaristas em até 24 horas, em áreas militares de todo o país. A decisão publicada na madrugada desta segunda-feira (9) ocorreu após os atos de vândalos em Brasília.
Os que insistirem, alerta o ministro, poderão ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes.
“Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime)”. Leia a decisão aqui na íntegra.
A Polícia Militar esteve em frente ao Grupamento de Engenharia para garantir que nenhum ato antidemocrático ganhasse força. Já a Secretaria de Desenvolvimento e Controle Urbano (Sedurb) contribuiu com desobstrução das vias.
João Azevêdo repudia
Nesta segunda-feira, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), se pronunciou sobre a invasão dos bolsonaristas, em Brasília. Os radicais invadiram e depredaram diversos objetos no Congresso Nacional, Planalto e no Supremo Tribunal Federal. Veja no vídeo acima
Veículo em investigação
Um ônibus registrado em Bayeux, na Grande João Pessoa, foi identificado no ato ocorrido no domingo. A polícia deve investigar os financiadores da ação.
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