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João Pessoa vacinou 23% do público contra a pólio; campanha segue até sexta (9)

Na Capital, apenas 23% das crianças de 1 a menores de 5 anos tomaram as doses do imunizante

Por Carlos Rocha Publicado em
João Pessoa segue vacinando contra a pólio até esta sexta (9)
João Pessoa segue vacinando contra a pólio até esta sexta (9) (Foto: Kleide Teixeira/ PMJP)

Desde o início de agosto, João Pessoa começou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos e em casos graves, pode acarretar a paralisia nos membros inferiores. A vacina é a única forma de prevenção e na Capital a campanha segue até a próxima sexta-feira (9).

Na Capital, apenas 23% das crianças de 1 a menores de 5 anos tomaram as doses do imunizante. Além da prevenção que faz parte do calendário de rotina, a Campanha tem sido um alerta principalmente sobre os novos casos da doença que tem surgido em outros países e, recentemente, tem sido investigado casos suspeitos, em algumas cidades no Brasil.

Para garantir a imunização contra a polio, os pais ou responsáveis pelas crianças devem procurar as Unidades de Saúde da Família (USFs) mais próxima, Policlínicas Municipais ou o Centro de Imunização, no bairro da Torre.

Fernando Virgolino, chefe da seção de imunização da Prefeitura de João Pessoa, informa que a procura ainda está baixa e convoca, como forma de alerta, para que os pais não deixem de levar seus filhos para tomar a vacina.

“Muitos pais dessa geração não chegaram a conviver ou ter conhecimento das consequências da paralisia infantil e talvez não percebam e compreendam a importância da imunização e desse cenário atual. Mas, nosso alerta é que não se pode relaxar, porque o vírus está em circulação e o SUS garante essa prevenção de forma gratuita nos serviços de saúde”, alertou o coordenador.

Os sintomas da poliomielite são parecidos com os da gripe e incluem dor na garganta, febre, cansaço e náuseas. O vírus invade o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível em questão de horas. A doença não tem cura, mas a infecção pode ser prevenida por vacinação.

“No caso da poliomielite, o esquema vacinal se inicia aos dois meses, sobretudo é importante que os pais fiquem atentos para completar o esquema vacinal de seus filhos, mantenham a caderneta de vacinação sempre atualizada e não relaxem para algo que pode ser evitado e prevenido”, completou Virgolino.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacinação segue o seguinte esquema: A imunização contra a poliomielite deve ser iniciada a partir dos dois meses de vida, com mais duas doses aos quatro e seis meses, além dos reforços entre 15 meses e aos 4 anos de idade. Na rede pública as doses de reforço, a partir de um ano de idade, são realizadas com a Vacina Oral Poliomielite (VOP), que é a ‘vacina da gotinha’.

Dados – De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da população vem despencando, chegando em 2021 com menos de 59% dos cidadãos imunizados. Em 2020, o índice era de 67% e em 2019, de 73%. O patamar preconizado pelo Ministério da Saúde é de 95%.

Ainda, segundo MS, com uma semana para o fim campanha contra a poliomielite, no Brasil, mais de 11,1 milhões de crianças ainda não receberam a vacina contra a doença. Dados apontam que, já houve cerca de 3,174 milhões de aplicações, o que representa 22,1% do público-alvo.

Vacinas – As vacinas são, comprovadamente, o meio mais seguro e eficaz de proteção contra inúmeras doenças infecciosas e funcionam ao simular, de forma segura, uma infecção, sem causar a doença nem efeitos colaterais graves. A partir do momento que as doses são aplicadas, a vacina desencadeia uma série de reações imunológicas, que levam a um estado de proteção (imunidade protetora) contra a doença para a qual a vacina foi desenvolvida.

Para a maioria das vacinas atualmente disponíveis, a imunidade protetora é atribuída à produção de anticorpos que reconhecem o patógeno, agente causador de doença e, o impedem de se multiplicar e causar a doença no indivíduo já imunizado. Dessa forma, quando nosso organismo é atacado por um vírus ou bactéria, nosso sistema imunológico, que atua na defesa, dispara uma reação em cadeia com o objetivo de frear a ação desses agentes estranhos.

Imunização no SUS– A rede municipal de saúde disponibiliza gratuitamente 18 tipos de vacinas que fazem parte do calendário de rotina e Programa Nacional de Imunização (PNI): BCG, Hepatite B, Hepatite A, Pentavalente, DTP, VIP, VOP, Meningocócica C, Pneumocócica 10, Rotavírus, Tríplice viral e Varicela para as crianças. Já para os adolescentes, dT, Hepatite B, Tríplice Viral, HPV e Meningocócica C; e para os adultos, dT, Hepatite B e Tríplice viral.



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