Caso Gael: MP pede 'absolvição sumária' de mãe acusada de matar filho
O menino foi assassinado no dia 10 de maio de 2021 em São Paulo e enterrado na Paraíba
Um crime envolvendo uma família paraibana chocou todo o país em maio de 2021. Um menino de três anos de idade foi agredido até a morte em um apartamento na região central de São Paulo. A acusada de cometer o crime é Andreia Freitas de Oliveira, a própria mãe do menino Gael. Desde a época ela está presa, mas o Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu sua absolvição sumária.
O MPSP pede, no lugar da prisão, a “imposição de medida de segurança de internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico”. Segundo o MP, o pedido de absolvição acontece depois que o psiquiatra que examinou a ré, no Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), concluiu que ela era inimputável à época dos fatos.
Ainda segundo o MP, o laudo de insanidade mental realizado em Andréia apontou que ela tem “transtorno dissociativo”, configurado pela “perda parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, da identidade e das sensações imediatas, e do controle dos movimentos corporais". Segundo o Imesc, quando Gael foi morto, a mãe estava "privada de sua capacidade de compreensão".
A justiça ainda não se pronunciou sobre o pedido.
O menino foi assassinado no dia 10 de maio de 2021. O laudo da autópsia feita no corpo da criança apontou hematomas e que algumas marcas de agressão na testa são compatíveis com o formato de um anel que a mãe dele usava. Esse anel foi apreendido. Desde a época do crime, o advogado da mãe alegava que ela tinha problemas psiquiátricos e solicitava exames, já que ela dizia não se lembrar do que aconteceu dentro da casa.
O menino foi enterrado no município de Prata, que fica no Cariri do Estado. Os pais do Gael são separados e o menino estava passando um período com a mãe, justamente por causa do Dia das Mães.
"Ele sempre fazia questão de falar que me amava, era um menino muito amoroso. Ele dizia 'papai, papai eu te amo, papai tô com saudade'. A lembrança que eu vou guardar é a de domingo quando eu fui levar ele na casa da mãe para passar o restante do Dia das Mães. Ele me abraçou e falou 'papai, tchau te amo'. O que eu também vou guardar do meu filho é que ele era uma criança feliz, amorosa com todo mundo. Quando a gente andava na rua ele saia abraçando todo mundo que via, até quem nem conhecia", disse o pais de Gael, Felipe Nunes Félix, na época.