Paraíba corre risco de desabastecimento de vacina BCG, diz SES
Todos os municípios estão abastecidos com a vacina, porém, em quantitativo menor que o habitual
A vacina BCG, que protege os recém-nascidos contra as formas graves de tuberculose e deve preferencialmente ser aplicada logo após o nascimento, está em falta em alguns municípios brasileiros. Na Paraíba, de acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (SES), todos os municípios estão abastecidos com a vacina, porém, em quantitativo menor que o habitual.
A SES afirmou que a disponibilidade limitada da vacina BCG no estoque nacional ocorre em razão de dificuldades na aquisição do imunobiológico. O Ministério da Saúde já sinalizou ter recebido uma remessa, porém está aguardando os trâmites de liberação da Anvisa e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
A Secretaria esclareceu ainda que, a cada mês, era recebido no estado entre 20 e 50 mil doses da vacina BCG. A quantidade foi reduzida para 8.940 doses. Há orientação para que as doses sejam racionadas. De acordo com o jornal O Globo, na Paraíba, o total de doses enviadas tem sido de apenas 17,9% do solicitado.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou não haver desabastecimento, apenas uma “readequação do quantitativo” devido ao processo de compra importada dos imunizantes. Isso porque a única fábrica autorizada a produzir a vacina no país, pertencente à Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), no Rio de Janeiro, está interditada pela Anvisa pela necessidade de ajustes impostos após a última inspeção sanitária realizada pela agência.
Com isso, o ministério passou a adquirir as vacinas com o Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a pasta, a previsão é que a situação seja normalizada em setembro.
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