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Diagnóstico de varíola dos macacos será feito na PB até o final de agosto

Atualmente, amostras de casos suspeitos são enviadas ao Rio de Janeiro

Por Carlos Rocha Publicado em
PB vai realizar sequenciamento genômico para identificar variantes da Covid-19
PB vai realizar sequenciamento genômico para identificar variantes da Covid-19 (Foto: Secom-PB)

Com 2.584 casos confirmados, o Brasil deverá ser capaz de diagnosticar a varíola dos macacos em todos os laboratórios centrais de saúde pública (Lacens) do país, incluindo a Paraíba, até o final de agosto. A informação foi dada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta sexta-feira (12).

De acordo com o ministro, o governo federal se antecipou à emergência de saúde pública de importância global declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho e articulou formas de lidar com a doença e receber pacientes no sistema público.

“Desde maio, quando surgiram os primeiros casos na Europa, o Sistema Único de Saúde se preparou para enfrentar essa ameaça. Enfrentamos a emergência de saúde pública causada pela covid-19 e, desde o início, organizamos as estruturas dos laboratórios para fazermos o diagnóstico [da varíola dos macacos]”, informou.

Queiroga falou sobre a letalidade e a taxa de infecção da varíola dos macacos no Brasil, que em âmbito internacional causou cinco mortes em países considerados não endêmicos, segundo dados da OMS.

“Vale lembrar que a letalidade dessa doença [varíola dos macacos] é baixa, ou seja, a maioria dos casos é simples, de tal sorte que não é algo que se assemelhe à covid-19, apesar de ser uma emergência de saúde pública global reconhecida pela OMS”, informou o ministro.

O ministro da Saúde lembrou que a grande maioria de casos de varíola dos macacos acomete homens que fazem sexo com outros homens, e que o principal vetor de transmissão é o contato direto pele a pele ou pelas mucosas. “Isso é uma observação epidemiológica. Não tem cunho de estigmatizar cidadãos. Qualquer um pode adquirir”, complementou.

Outro ponto apresentado pelo ministro da Saúde é que o uso de preservativos não impede a contaminação pela varíola dos macacos. Dentre as principais características da enfermidade estão: febre, lesões de pele, ínguas e crostas. “Os indivíduos devem ficar isolados”, explicou Queiroga, que estimou em três semanas o período de convalescência.

O ministro, que é médico, também afirmou que o tratamento da doença até o momento se dá pelo tratamento dos sintomas, enquanto medicamentos antivirais específicos contra a doença ainda estão sendo estudados.


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