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Ibama planeja sobrevoo na PB após reaparecimento de óleo em 7 praias

Estado tem três municípios com registro da poluição

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Material é recolhido desde o último fim de semana.
Material é recolhido desde o último fim de semana. (Foto: Divulgação Prefeitura Municipal de Pitimbu)

O reaparecimento de fragmentos de óleo em praias do litoral do Nordeste é investigado desde a última sexta-feira (26). Na Paraíba, pelo menos sete praias, em três municípios, registraram vestígios de material poluente e danoso à vida marinha.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) informou que deve realizar um sobrevoo para compreender a situação nas áreas com maior incidência da poluição. Um relatório deve ser elaborado para o procedimento de novas ações. De acordo com o superintendente Dallys Henrique, o material recolhido nas cidades de Conde, Pitimbu e João Pessoa será encaminhado para o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), que possui laboratório na Paraíba.

De acordo com a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) os pontos onde o óleo foi coletado distribuem-se pelas praias do Amor, Coqueirinho, Tambaba e Carapibus, em Conde; Graú e Pitimbu, na cidade de Pitimbu; e Jacarapé, em João Pessoa. Até o momento não há dados com relação a quantidade – em quilos – do material retirado.

O secretário de Meio Ambiente de Conde, Walber Farias, informou que nesta terça-feira (30) o trabalho nas equipes do Litoral Sul concentra-se na praia de Coqueirinho. “Ontem iniciamos a remoção por outros pontos e chegamos a Coqueirinho. Mas, em razão da quantidade considerável de óleo, concentramos as equipes para um trabalho completo”, afirmou.

Manchas de óleo

Em 2022, foram encontradas manchas de óleo no litoral em pelo menos sete cidades da Paraíba. Em João Pessoa, por exemplo, o monitoramento é realizado pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam), Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).

Vale lembrar que as primeiras amostras foram coletadas pela Capitania dos Portos da Paraíba no dia 31 de dezembro de 2021 e enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal concluiu que um navio petroleiro grego foi responsável pelo derramamento de toneladas de óleo que atingiram o litoral do país em 2019. Cerca de 130 municípios, em nove estados do Nordeste e Sudeste, foram poluídos. A limpeza das praias e do mar foi orçada em R$ 188 milhões aos cofres públicos. Esse, inclusive, seve ser o valor mínimo da indenização.

Antes da conclusão, a Marinha considerava que três navios eram suspeitos pelo incidente. As informações chegaram a ser divulgadas após a retirada do sigilo do relatório da investigação, que foi entregue à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF). As conclusões foram utilizadas pela PF em um inquérito criminal sobre o caso.

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