Suspeito de injúria racial no Almeidão diz que não teve intenção de cometer crime
Segundo o delegado Marcelo Falcone, o torcedor assume que falou a palavra "macaco" em direção ao banco de reservas do Campinense
A Polícia Civil da Paraíba iniciou, no dia 18 de maio, investigações sobre o suposto caso de injúria racial durante uma partida de futebol no Estádio Almeidão, em João Pessoa. Há informações atualizadas sobre o caso, que ocorreu durante a primeira partida da final do Campeonato Paraibano entre Botafogo e Campinense, no dia 15 de Maio.
Segundo o delegado Marcelo Falcone, que investiga o caso, o torcedor do Botafogo confessou que fez gestos ofensivos e falou a palavra "macaco" em direção ao banco de reservas do Campinense, mas que teve a intenção de dizer que o time estava fazendo "macaquices" em campo e não com a intenção de cometer uma injúria racial.
Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil aguarda só o laudo da perícia do vídeo para concluir o inquérito. Os investigadores não informaram o nome do torcedor. Quando a imagem viralizou, ele foi expulso do quadro de sócios do Botafogo-PB.
O caso
Imagens que passaram a circular nas redes sociais mostram o momento em que um torcedor do Botafogo-PB aparece fazendo gestos obscenos e depois chamando alguém de macaco. Essas ofensas eram dirigidas ao local onde estavam os torcedores do Campinense.
A denúncia partiu de torcedores do próprio Botafogo-PB, principalmente de um grupo autodenominado Setor 31, que colocou o vídeo nas redes sociais e, com muita veemência, repudiou a atitude
Em nota, o Botafogo-PB disse, entre outras coisas, que nunca compactou e jamais irá compactuar com gestos ou falas de teor preconceituoso, sobretudo racistas. "Nosso clube é do povo, nosso clube clube é plural", diz.
O 2º vice-presidente jurídico do Botafogo-PB, Guilherme Moura, afirmou que o torcedor foi identificado pelo Clube e que já começou a tomar as providências cabíveis.
A diretoria do Campinense também emitiu uma nota: "A diretoria do Botafogo FC nos recebeu de forma educada, o que nada se compara ao ato em questão. O racista deve ser identificado, localizado e punido pelas autoridades competentes. O Time do Povo reitera que repudia todo e qualquer ato de racismo e descriminação".
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