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Cardiologista explica o que fazer após interdição do losartana; veja vídeo

Agência mandou recolher remédios para pressão alta e insuficiência cardíaca

Por Juliana Alves Publicado em
Impureza "azido" foi encontrada em concentração acima do limite de segurança aceitável
Impureza "azido" foi encontrada em concentração acima do limite de segurança aceitável (Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na última quinta-feira (23), a interdição e o recolhimento de lotes de medicamentos contendo o princípio ativo losartana, que é um dos remédios mais utilizados no Brasil para insuficiência cardíaca. A determinação é uma medida preventiva, visto que foi identificada a presença da impureza "azido", em concentração acima do limite de segurança aceitável.

Com a decisão, muitas pessoas que precisam tomar remédios à base de losartana estão apreensivas e sem saber o que fazer.

Conforme o cardiologista e pesquisador Valério Vasconcelos, os pacientes que usam remédios contendo losartana não devem interromper o tratamento sem antes conversar com um médico de confiança. “Essa, aliás, é a mesma orientação dada pela Anvisa. Deixar de tomar remédios pode trazer riscos à saúde, principalmente no caso de pessoas hipertensas ou com insuficiência cardíaca”, explica.

Valério Vasconcelos também afirmou que a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou uma nota oficial sobre o caso. No comunicado, a SBC sugere que pacientes que fazem uso da losartana devem continuar utilizando o seu medicamento. Pacientes que estão fazendo uso de um dos lotes interditados devem seguir as recomendações da Anvisa para troca. Além disso, a nota da SBC lembra que, em caso de dúvida ou orientação, é necessário procurar atendimento médico.

“Muitas vezes, as pessoas veem o noticiário e ficam assustadas. Com base nas informações divulgadas até agora, e de acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia, também oriento aos pacientes que utilizam losartana que tenham cautela e evitem suspender o tratamento sem antes ouvir a avaliação clínica do cardiologista que o acompanha”, afirmou Valério Vasconcelos.

“A recomendação de continuidade do uso também se aplica a pacientes que estejam usando um dos lotes afetados. Qualquer alteração no tratamento só deve ser feita pelo médico de confiança do paciente, sempre levando em consideração o binômio risco-benefício”, acrescentou o especialista.

No caso de pessoas que utilizam algum remédio dos lotes interditados pela Anvisa, os medicamentos precisam ser substituídos. Para isso, a Anvisa recomenda que os usuários entrem em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do laboratório, para se informar sobre a troca do seu medicamento por um lote que não tenha sido afetado pelo recolhimento ou interdição. Os meios para contato com as empresas estão disponíveis na embalagem e na bula dos produtos.

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