"Eu não esganei", diz acusado de matar Mariana Thomaz em audiência
O acusado, Johannes Dudeck é ouvido pela Justiça, em João Pessoa.
O 2º Fórum Criminal João Pessoa realiza nesta sexta-feira (20) a segunda audiência de instrução do acusado de estuprar e matar a estudante de medicina, Mariana Thomaz. A jovem foi assassinada em março deste ano no bairro do Cabo Branco, na capital paraibana.
O acusado, o empresário Johannes Dudeck iniciou o depoimento por volta das 11h. Ele voltou a afirmar que não cometeu o crime e disse que a estudante teria sofrido uma convulsão após o uso de drogas. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou Johannes pelos crimes de estupro e feminicídio.
+ Imagens mostram últimos momentos da estudante Mariana Thomaz com vida
Com voz embargada, o empresário disse que teria se deparado com um ataque convulsivo da estudante e que tentou socorrê-la, pegando-a pelo pescoço para aferir os seus batimentos cardíacos. O laudo da perícia da Polícia Civil apontou esganadura como causa da morte.
“Coloco os dedos indicador e do meio para saber o pulso dela, isso ao mesmo tempo em que estou em ligação com o Samu. Fiz todo esse manuseio. Eu a coloquei no chão. Ela não caiu no chão”, frisou.
Johannes ainda tentou contrariar o laudo da Polícia Civil e negou que os materiais encontrados no corpo de Mariana tenham sido dele. O empresário disse que não houve uma conjunção carnal específica que foi relatada no laudo.
“Eu quero pelo amor de Deus, meritíssima. Eu quero cruzar os DNAs. Quero provas técnicas para mostrar que eu não fiz isso. Não houve sexo anal. É notório as contradições do laudo. Eu peço pelo amor de Deus, deixa minha defesa trabalhar”, completou.
O crime
Mariana Thomás de Oliveira, de 25 anos, foi encontrada morta, com sinais de asfixia, na manhã do dia 12 de março, em um apartamento no Cabo Branco, em João Pessoa. Mariana é natural do Ceará.
O suspeito do crime, o empresário Johannes Duceck, foi preso em flagrante. Ele é o proprietário do apartamento onde Mariana foi encontrada sem vida. Após o crime, o homem chamou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) alegando que a vítima teria sofrido uma convulsão.
Imagens do circuito de monitoramento de um condomínio que fica no bairro Cabo Branco registraram os últimos momentos de vida da estudante. No material é possível visualizar que o casal chega pouco depois da meia noite. Nota-se também que a presença de uma garrafa de bebida. Eles caminham em um corredor até entrarem em um dos apartamentos.
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