Caramujo africano: aprenda método caseiro para combater molusco
Mistura de água com sabão é eficiente contra o caracol
O aumento das chuvas pode ocasionar a reprodução do Achatina fulica, o caramujo africano. O verme traz riscos à saúde do ser humano e pode transmitir, inclusive, meningite.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses, orienta que a população não tenha contato direto com o bicho. “Ambientes com matéria orgânica e vegetação como os quintais e jardins das casas favorecem o aparecimento do caracol e uma forma de prevenir a reprodução do caramujo africano é a partir da limpeza dos terrenos para evitar o crescimento de vegetação, que é o alimento do animal”, explicou a gerente de Vigilância Ambiental da SMS, Pollyana Dantas.
Como combater?
Caso a espécie seja encontrada, a forma mais indicada para combatê-la e, que qualquer pessoa pode fazer, é através da catação, que deve ser feita sempre com a mão isolada por luvas ou sacos plásticos. Em seguida, o caracol deve ser afogado em balde cheio de água com sabão, onde deve permanecer submerso por 30 minutos antes de dispersar a água.
Doença
A meningite causada por A. cantonensis, tipo de verme, começa com a ingestão do caramujo ou de muco do molusco infectado. Uma vez ingeridas, as larvas do verme migram para o sistema nervoso central e se alojam nas meninges – membranas que envolvem o cérebro. O organismo inicia uma reação inflamatória, que resulta no quadro de meningite.
Geralmente, a doença é autolimitada, pois os parasitas não conseguem se reproduzir no ser humano e morrem naturalmente. No entanto, alguns pacientes desenvolvem formas graves e o índice de mortes é de 3%. O atraso no diagnóstico é um dos fatores que contribuem para o agravamento do quadro: cada dia de dor de cabeça prolongada aumenta em 26% as chances de coma.
Caracol africano
Achatina fulica é um molusco vindo da África. Chegou ao Brasil de forma ilegal na década de 1980, no Paraná. O caracol africano se reproduz de forma rápida e em larga escala e não possui um predador natural.
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