"A pandemia persiste", diz Secretário de Saúde após declaração de Queiroga
Johny Bezerra, secretário executivo de gestão hospitalar da Paraíba, reforçou importância dos cuidados contra a Covid, depois do ministro Marcelo Queiroga anunciar fim da Emergência em Saúde Pública no Brasil
O secretário executivo de gestão hospitalar da Paraíba, Johny Bezerra, se pronunciou depois do anúncio feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último domingo (17), para informar que o Brasil tem condições para anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), em decorrência da Covid-19.
Johny ressaltou que a medida não encerra o período de pandemia no país e definiu a decisão como precipitada. "O fim do estado de emergência não quer dizer que é o fim da pandemia, o vírus continua circulando. É apenas o fim desse decreto que facilita a compra de insumos e medicamentos, as nossas unidades continuam vigilantes porque a pandemia persiste; Foi de forma precipitada. Não houve um diálogo efetivo com os secretários de saúde do Brasil. A gente respeita a decisão do ministro e a Secretaria Estadual vai tentar dialogar e manter seu serviço de forma ativa", explicou.
Ainda de acordo com o secretário, a mudança é mais administrativa. "O fim do estado de emergência é uma forma administrativa para remanejamento de recursos. O decreto estabelece facilidade para a compra de insumos, contratação de pessoa, mas há um período de transição em que as secretarias vão se adaptar", ressaltou.
Apesar da confusão causada pelo pronunciamento do ministro da Saúde, o secretário Johny Bezerra reforça que a pandemia ainda não acabou. "O surgimento de novas variantes ainda preocupa, temos visto a subvariante da Ômicron ocasionando alta no número de casos pelo mundo; A gente não pode prever o fim da pandemia, a Organização Mundial de Saúde recentemente reforçou o estado de pandemia. Temos consciência de que o vírus continua circulando, há uma parcela da população que ainda não está vacinada e isso contribui para o surgimento de novas variantes. Apesar da cobertura vacinação no Brasil ser boa, o vírus tem uma disseminação global, por isso é importante analisar e seguir as recomendações da OMS", ressaltou.
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