UFPB oferece curso gratuito de língua portuguesa para refugiados; veja
A formação ministrará aulas de português e oficinas interculturais
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por meio de um Projeto de Extensão do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (DLEM) do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), está disponibilizando, gratuitamente, um Curso de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) para migrantes e refugiados no Estado.
O curso “Português como Língua de Acolhimento” viabilizará aulas de português e oferecerá oficinas interculturais para pessoas estrangeiras em situação de refúgio na Paraíba a fim de facilitar a integração e atender necessidades específicas dessa comunidade.
A ação também contribuirá para a formação docente de alunos de graduação em Letras Espanhol e Letras Português e tem o objetivo de elaborar uma proposta teórico-metodológica para o ensino de língua adicional, que insere a prática pedagógica em uma proposta crítica e intercultural de ensino e aprendizagem.
As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis. Os interessados devem se inscrever pelo Sistema Integrado de Gestão de Eventos – SIGEventos (https://sigeventos.ufpb.br). A formação, com duração de 30 horas, acontece de forma remota.
A iniciativa faz parte do Projeto “Refugiados e Migrantes na Paraíba: acolher e integrar”, que existe desde 2018 e atua no acolhimento e recepção de refugiados e migrantes no Estado por meio de ações que englobam as áreas de ensino, pesquisa e extensão universitárias.
Conforme a professora e coordenadora do projeto, Ana Berenice, o curso a ser ministrado “Português como Língua de Acolhimento” se difere do “Português como Língua Estrangeira” por proporcionar a conscientização linguística, a interculturalidade e o empoderamento dos alunos.
“Português como língua de acolhimento é o português voltado para refugiados ou migrantes. Nessa modalidade, desenvolvemos uma forma de acolhida que se difere quando comparada ao Português como Língua Estrangeira”, explica a Profa. Ana Berenice.
“Um refugiado vem para o país em busca de refúgio. Ele precisa aprender a língua do país para suas necessidades básicas. Não para sua satisfação pessoal e sim porque precisa trabalhar, por exemplo. Dessa forma, fazemos uma forma de acolhida e abordagem da língua diferente”, explicou a coordenadora.
Como conta a Profa. Ana Berenice, o curso, que já aconteceu em anos anteriores, abre inscrições contínuas e conta com a presença de refugiados e migrantes de vários lugares do mundo.
“Temos turmas com refugiados que são de língua espanhola - a maioria da Venezuela. Temos também turmas com pessoas de vários países como Rússia, Paquistão e Síria, em que usamos o inglês como língua ponte”, contou a professora.
Em caso de dúvidas sobre o curso, basta entrar em contato com uma das professoras responsáveis, Juliana Luna Freire, pelo e-mail [email protected].