Sintur-JP considera a paralisação "como uma atitude de intransigência por parte do sindicato dos motoristas"
Motoristas realizaram protesto, no início da manhã desta quinta-feira (3), em frente a duas das principais empresas que atendem ao setor.
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP) disse, em nota, que foi novamente surpreendido com uma paralisação dos motoristas que atuam no transporte coletivo da capital. Eles realizaram um protesto, no início da manhã desta quinta-feira (3), em frente a duas das principais empresas que atendem ao setor.
A categoria reivindica a reposição de perdas salariais e de benefícios retirados durante a pandemia. De acordo com o sindicato, a manifestação é uma resposta a roda de conversas realizada ontem. Na ocasião, os representantes das empresas ofereceram reajuste de 4% no salário e acréscimo de R$ 50,00 no vale-alimentação, que foi negado pela categoria.
Entre as pautas exploradas, está a redução do ticket alimentação em 50% em 2020 e o não pagamento da gratificação por dupla função (já que motoristas assumiram a responsabilidade de cobradores)
"O Sintur-JP encontra-se em processo de convenção coletiva de trabalho com o sindicato que representa os motoristas, que pede 10% de reajuste de remuneração. Em reunião na tarde de ontem (2) no Ministério do Trabalho, foi proposto pela classe patronal um reajuste de remuneração de 8,2% para a categoria", diz um trecho da nota.
Diz ainda que considera a paralisação "como uma atitude de intransigência por parte do sindicato dos motoristas, que, com esse movimento, apenas prejudica a população que utiliza esse serviço essencial".
O Sintur-JP informa também que já acionou a Justiça, solicitando que a operação fosse retomada, e que já ingressou com o dissídio coletivo na Justiça do Trabalho.
Já a Semob-JP informou que não foi notificada em nenhum momento sobre o protesto e lamenta os transtornos à população, mas buscará intermediar soluções entre as partes, para que o essencial serviço de transporte coletivo volte a funcionar normalmente o mais rápido possível".
"Sobre a paralisação do transporte público em frente a duas empresas de ônibus, no início da manhã desta quinta-feira (03), George Morais, superintendente de mobilidade da Capital, ressalta que a pauta é exclusivamente trabalhista, sendo conflitos e reivindicações entre os motoristas empregados e seus empregadores", ressaltou.
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