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Saúde fragilizada

Até 75% de pacientes recuperados da Covid têm sequelas da doença

Portarias devem destinar verbas para tratamento de doenças ligadas ao coronavírus

Por Dennison Vasconcelos Publicado em
Há 120 pessoas internadas com Covid-19 no estado
Há 120 pessoas internadas com Covid-19 no estado (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

A pandemia tem provocado distúrbios mentais e físicos há quase dois anos entre os brasileiros. Vários sintomas continuam presentes mesmo após a recuperação de quem foi diagnosticado com a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, de 30% a 75% das pessoas que tiveram a doença apresentam cansaço, falta de ar, tosse, dor torácica, perda de olfato e paladar, dor de cabeça, tontura, alterações de memória, ansiedade e depressão.

Para atender pacientes com sequelas da Covid-19, duas portarias que destinam verba para as redes municipais de Atenção Primária à Saúde foram assinadas nesta quarta-feira (16) pela pasta do governo federal. Uma delas destina R$ 160 milhões para tratamento de sintomas pós-coronavírus.

A segunda portaria repassa R$ 263 milhões para 2,1 mil Centros de Atendimento para o Enfrentamento à Covid-19 e 82 centros comunitários, em 21 municípios.

“O Brasil hoje tem essa resposta e tem condição de alocar esses recursos para os estados e municípios. "Durante a pandemia, em 2020 e 2021, ampliamos o orçamento do Ministério da Saúde em R$ 100 bilhões em créditos extraordinários”, disse o ministro Marcelo Queiroga durante coletiva de imprensa.

Queiroga avaliou ainda que o Brasil tem se saído melhor nessa nova onda da doença em relação à provocada pela variante Gama.

“Já assistimos uma estabilização do número de casos da variante Ômicron com a tendência de queda. A média móvel de casos ainda é de 800 casos por dia. Nós não queremos essa média, mas se lembrarmos da variante Gama, houve dias com mais de 3 mil casos de média móvel. Sem dúvida avançamos muito. Nosso sistema de saúde tem dado as respostas, seja na atenção primária, seja na atenção especializada. Não experimentamos, como foi nas outras ondas, colapso no sistema de saúde e isso se deve ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde durante a pandemia de covid-19".

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